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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Material para você fazer o seu blog - Parte I

Título estranho não é? Este foi o assunto de um e-mail que recebi de meu amigo Nilton Brizola, o Beiero de Pilar, que está coordenando o Encontro de Meliponicultores de Pilar do Sul. Ele tem acompanhado minhas postagens sobre alguns de nossos Papas ou Papás Melipônicos e me enviou a seguinte mensagem:

Em 12 de maio de 2010 17:09, Nilton Brisola <beiero.pilar@gmail.com> escreveu:

Alô meu caro amigo José  Halley,

Estou mandando prá você a foto do mestre Cappas, PNN e outro fera da biologia, o Mestre Cappas é o de camiseta, com a imagem do cavalo.

Cappas, PNN e Luiz Roberto Fontes.

O Cappas andou muito por aqui, no Brasil todo, vivia pra baixo e prá cima do mapa. Esta foto foi ele quem me deu, naquele tempo. O compaheiro ai do lado não é picareta não, ele é genio na área dos cupins, e o Cappas é genio na area das formigas, as ASF são apenas um hooby, segundo ele mesmo. É melhor você se informar melhor com ele, mas ele me  disse que é doutor em formigas.

Eu sou o único picareta  na net, Abena, etc,  o resto... são todos doutor. 

É pena que voces não vem ao encontro de Pilar do Sul, a presença de vocês, lógico! Daria um toque mais cientifico-acadêmico no encontro, já que somos aqui tudo picareta, mas deixa pra outra. 

O encontro aqui não vai ser pra doutor, só para gente do campo mesmo, o conhecimento e o linguajar próprio do caipira, o encontro vai ser baseado no dia dia das abelhas, por isso os doutores  preferem não aparecer por aqui, para não ter um colapso cerebral grave.  kkkkkkkkkkk

um grande abraço,

Nilton.



Eu respondi, e resolvi transformar a resposta neste post, espero que ele não fique chateado.



Meu amigo Beiero,


Não se menospreze meu amigo, vocês não são picaretas não!
Eu sei que vocês guardam uma quantidade de conhecimento muito grande, 30 a 40 anos de observação é o que falta para muitos dos "doutores" que hoje andam por aí, cospindo artigos como quem cheirou rapé.
Acho que grande parte deles nunca viu de perto um ninho de abelha, eles ouvem falar que alguém descobriu uma nova espécie em algum lugar ou localizaram uma espécie em uma região onde não a conheciam, conseguem de alguma maneira uma meia dúzia dessas abelhas, colocam elas no alcool, depois secam, cortam em fatias e levam para o microscópio do laboratório, tiram uma dúzia de fotografias e pronto, já tem material para estudar por seis meses e produzir 8 artigos científicos.
Eu gostaria é de ter um centésimo do conhecimento que vocês, meliponicultores práticos tem.
Se você tiver tempo, vou lhe explicar como se cospe um artigo pretensamente científico.

Um abraço,

José Halley





De imediato peço desculpas para os pesquisadores sérios e que trabalham arduamente para parir os seus artigos e publicá-los, para depois aparecerem uns e outros para picá-los e misturá-los com parte de artigos de outros pesquisadores e criar uma massa disforme que depois vão usar para rechear os "seus trabalhos". 
É, trabalho de copiar e colar, que ficou muito facilitado com o uso do computador e da Internet.
Sem contar que hoje você pode encomendar um artigo científico pronto, aí então é muito mais facil, você só põe a mão no bolso o resto fazem prá você. Procure por "artigo científico pronto" e você vai encontrar inúmeros sites de venda na Internet, não sei como não fecham esse tipo de espelunca.
Mas digamos que você não quer comprar, aí você mesmo pode fazer o seu artigo.




Cada artigo "pretensamente científico" precisa ter  de oito a dez páginas ou mais, sendo seis a sete linhas de conclusão, que é onde você diz realmente a que veio. O resto é enchimento de lingüiça, com um recheio que você já preparou previamente, ou vai preparando na hora, os programas de pesquisa estão aí prá isso mesmo.
É pagina de rosto, agradecimentos, sumário, sumário em inglês, índice, índice em inglês, isso tudo você coloca depois de fazer o "trabalho".
Tem a descrição do método que vai ser usado no estudo e isso normalmente já vem pronto, é só copiar e colar de um outro trabalho, ah, esqueci que antes eles gastam quase umas três ou quatro paginas mostrando como aquela determinada abelha é registrada na hierarquia taxonômica: (Reino: Animalia; Filo: Arthropoda; Subfilo: Hexapoda; Classe: Insecta; Subclasse: Pterygota; Infraclasse: Neoptera; Ordem: Hymenoptera; Subordem: Apocrita; Infraordem: Aculeata; Superfamília: Apoidea; Família: Apidae; Subfamília: Apinae; Tribo: Meliponini; Gênero: Trigona; Espécie: Trigona truculenta Almeida, 1985).

Reconheceu a espécie? Se não no final você vê.

É claro que não colocam só isso, explicam em termos científicos que ninguém entende, ou então em português claro mesmo, o que é cada uma dessas coisas. Como estão copiando de várias fontes, você vai notar que o modo de escrever e a concordância pode variar de parágrafo para parágrafo.




Pausa para mensagem aos leitores:... agora vocês vão precisar de um pouquinho de paciência, mas acho que isso, mesmo sendo um exercício de copiar e colar, vai ajudar a todos entenderem a posição de nossas abelhas entre os outros seres vivos. Isto é para o pessoal que fugiu das aulas de Biologia. (O redator...)

Animalia
"O Reino Animalia, Reino Animal ou Reino Metazoa é composto por seres vivos pluricelulares, heterotróficos, cujas células formam tecidos  biológicos, com capacidade de responder ao ambiente que os envolve ou, por outras palavras, pelos animais.
A maioria dos animais possui um plano corporal que determina-se à medida que tornam-se maduros e, exceto em animais que metamorfoseiam, esse plano corporal é estabelecido desde cedo em sua ontogenia quando embriões.
O estudo científico dos animais é chamado zoologia, que tradicionalmente estudava, não só os seres vivos com as características descritas acima, mas também os protozoários. Como resultado de estudos filogenéticos, consideram-se os Protista como um grupo separado dos animais.
Coloquialmente, o termo "animal" é freqüentemente utilizado para referir-se a todos os animais diferentes dos humanos e raramente para referir-se a animais não classificados como Metazoários. A palavra "animal" é derivada do latim anima, no sentido de fôlego vital, e entrou na língua portuguesa através da palavra animalis. Animalia é seu plural".









O Filo Arthropoda:

"O filo dos artrópodes (gr. arthros = articulado + poda = pé) contém a maioria dos animais conhecidos (mais de 3 em cada 4 espécies animais), mais de 1 milhão de espécies, muitas das quais extremamente abundantes em número de indivíduos.
Estão nesta categoria os crustáceos, insectos, aranhas, centopéias, marias-café, bem como outros menos conhecidos e inúmeras formas fósseis.
O filo é um dos mais importantes ecologicamente pois domina todos os ecossistemas terrestres e aquáticos em número de espécies, de indivíduos ou ambos.  A maior parte do fluxo energético desses ecossistemas passa pelo corpo dos artrópodes.
Podem ser encontrados artrópodes acima dos 6000 m de altitude, bem como a mais de 9500 m de profundidade. Existem espécies adaptadas à vida no ar, na terra, no solo e em água doce e salgada. Outras espécies são parasitas de plantas e ecto ou endoparasitas de animais.
Algumas espécies são gregárias e desenvolveram complexos sistemas
sociais, com divisão de tarefas entre as diversas castas. 
Considera-se que os artrópodes terão evoluído a partir de animais tipo anelídeo poliqueta ou que teria existido um ancestral comum a anelídeos e artrópodes. A sua relação com outros filos não é clara pois, embora o registo fóssil seja extenso e date desde o Câmbrico, não apresenta formas de transição. 
Devido ao peso limitante do exosqueleto, nenhum artrópode atinge grande tamanho, embora existam caranguejos japoneses com 3,5 m de comprimento, com as suas delgadas pernas. A lagosta atlântica atinge 60 cm mas nenhum insecto tem mais que 28 cm de envergadura ou comprimento". 









O Subfilo Hexapoda:

Neste grupo são incluídos todos os artrópodes que tem seis pés, excluindo então aranhas, escorpiões, e outros. 









A Classe Insecta:


"Os insectos perfazem mais de 1 milhão espécies (facto que justifica uma ciência para os estudar – entomologia), sendo os mais abundantes, mais bem sucedidos e mais diversamente distribuídos dos animais terrestres. No entanto, estima-se que possam existir entre 5 e 10 milhões. 
São igualmente os mais importantes invertebrados que podem viver em locais secos e os únicos capazes de voar. A capacidade de voar permite-lhes escapar aos inimigos, capturar presas e encontrar parceiros. 
O seu tamanho varia desde menores que o maior protozoário (0,25 mm ou menores) até maiores que o menor vertebrado (besouros com 26 cm de comprimento ou libélulas com 28 cm de envergadura de asa).
São abundantes em todos os habitats excepto no mar, embora a maioria seja terrestre ou aéreo. Vários tipos, no entanto, vivem em água salobra e doce, solo, plantas e dentro ou sobre animais, embora raramente matem os seus hospedeiros.
Os fósseis mais antigos de insectos datam do Devónico, há cerca de 400 M. a., mas foi no Cretáceo que este grupo sofreu a sua maior diversificação, com o surgimento das Angiospérmicas, o início de uma relação evolutiva muito proveitosa para ambas as partes. As formas voadoras surgem repentinamente no registo fóssil, no período
Carbonífero.
As principais características dos insectos incluem cabeça, tórax e abdómen distintos, todos com função determinada".









A Subclasse Pterygota:

Vespa da espécie Vespula rufa
"Na classificação de Bey-Bienko, os pterigotos (Pterygota) constituem uma subclasse de insectos que se opõe aos apterigotos. Caracterizam-se por terem dois pares de asas sobre o segundo e terceiro segmento torácico. Estas asas podem desaparecer: um par entre os dípteros e os dois, no caso dos ectoparasitas, como os chatos, as pulgas e os
piolhos. 
Os insectos perigotos são, normalmente, alados no estado adulto, ainda que algumas espécies possas ser actualmente ápteras, depois de terem tido ancestrais com asas, perdidas durante a sua evolução.
Caracterizam-se também por sofrerem metamorfoses ao longo do seu desenvolvimento. Não existem mudas depois de atingida a maturidade sexual. A subclasse inclui a grande maioria dos insectos que existem actualmente. 
As ordens de hexápodes (com seis patas - como vulgarmente se consideram os insectos) não incluídas nesta subclasse são os Thysanura (traça-dos-livros e tesourinhas) e duas ordens de insectos ápteros. Também não se incluem três ordens que,  actualmente, já não são consideradas como de insectos: os Protura, Collembola e Diplura. 
A classificação dos insectos pterigotos funda-se na estrutura da nervação das asas e na disposição das asas em repouso".









Forficula auricularia
"Neoptera é uma infra-classe de insectos, que inclui baratas, térmitas, lepidópteros, entre outros. O grupo é caracterizado por terem asas extremamente venadas. As asas dianteiras e posteriores podem ser do mesmo tamanho. Há vários tipos de peças bucais neste grupo: mastigadoras, sugadoras etc. A metamorfose dos ortopteróides e  hemipteróides é do tipo incompleto, e a dos endopterigotos é completa".












Continua amanhã.... copiar e colar também toma tempo...  ler este calhamaço cheio de coisas já sabidas também deve cansar....   então até amanhã.

A maioria das informações e imagens utilizadas nesta postagem foram retiradas da Internet, principalmente do site Wikipédia;

2 comentários:

  1. Olá amigo Winckler,
    infelizmente,não consegui ver a foto,com o CAPPAS,o PNN e o outro cientista...
    Não sei se é algum problema aqui no meu pc,internet,ou a imagem teve algum problema ao ser inserida no blog.
    Mas a matéria em si é muito boa,inclusive essas que vc colocou sobre os insetos,para quem fugiu das aulas de biologia(como eu rsrs)


    Eu faço o possível para divulgar esse blog,pois,sei que ele é feito por apaixonados por ASF,como eu.

    Um abração.
    Paulo Romero.
    João Pessoa,PB.

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  2. Caro Paulo,

    Era problema da página, já foi consertado.
    Obrigado por sua visita e pelo incentivo.

    Tenho acompanhado bastante seu trabalho de preservação das abelhas e da flora nativa. O seu blog está cada dia melhor.
    http://urucueabelhasnativas.blogspot.com/

    Um abração

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