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terça-feira, 18 de maio de 2010


Diante do mistério, não se descarta nem mesmo a influência de lavouras transgênicas, ou da incidência de raios ultravioletas e a radiação dos telefones celulares.
Egon Roepke


No dia 22, comemoramos o "dia da terra" nos leva a refletir sobre o que estamos fazendo com o nosso planeta. Mais e mais espécies, estão cada vez mais ameaçadas de extinção, basta olharmos a nossa volta e ver, quantas espécies, de aves e animais silvestres antes só vistas no interior, estão se aproximando das cidades, como último grito de socorro, na esperança de encontrar alimento e abrigo. Depois das monoculturas desenfreadas com espécies exóticas como o pinus, que não deixam a menor chance de qualquer ser, sobreviver, estamos transformando imensas áreas em desertos. É como se não mais necessitássemos da biodiversidade que controla todo o equilíbrio do planeta e garante a sobrevivência de todos os seres, inclusive a nossa. Sem fazer alarde nem deixar pistas abelhas de diversas regiões do planeta estão desaparecendo. Os cientistas estão correndo atrás de uma resposta, mas ainda não conseguiram passar de hipóteses. Talvez seja a intoxicação por inseticidas – cada vez mais usados na agricultura, ou talvez, a infecção por vírus e ácaros. Diante do mistério, não se descarta nem mesmo a influência de lavouras transgênicas, ou da incidência de raios ultravioletas e a radiação dos telefones celulares.
A população de abelhas silvestres tem sido reduzida drasticamente, devido eliminação de suas fontes de alimento e locais de nidificação e pela intoxicação com pesticidas. A redução das populações de abelhas, por sua vez pode levar a diminuição da produção de frutos e sementes de plantas cultivadas e nativas.

No Brasil a conservação de árvores como local de nidificação é crucial para a sobrevivência das abelhas sem ferrão em ambientes naturais. Portanto, é de suma importância estimular programas de conservação e recuperação de áreas degradadas através da preservação e promoção do plantio de espécies nativas, que são as mais apropriadas para comporem listas de programas de compensação ambiental. Seatle em 1850 já sentenciou que tudo o que acontecer a terra acontecerá aos filhos da terra, porque todas as coisas estão interligadas todos os seres partilham o mesmo suspiro. O físico Albert Einstein disse que, se as abelhas desaparecessem a humanidade seguiria o mesmo rumo. A razão é muito simples: sem abelhas não há polinização, e sem polinização não há alimento.
Egon Roepke é meliponicultor e pesquisador de abelhas indígenas do Brasil

Este texto foi retirado do jornal "O Barriga Verde" de Taió/SC, publicado na Internet pelo site http://www.obv.com.br/ da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina e é de autoria de Egon Roepke, nosso colega do grupo ABENA e que é um dos citados na Bíblia dos Meliponicultores, o livro do PNN, Vida e Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão. As imagens foram retiradas do blog Um Bocadinho de Mim e do livro Abelhas Nativas Sem Ferrão.
Egon Roepke foi convidado a colaborar com nosso Blog, esperamos que aceite nosso convite.

Um comentário:

  1. Amigos,
    esse tema,sem dúvidas é muito importante e oportuno...

    Se todos nós que criamos abelhas nativas,fizermos a nossa parte,vai servir de inspiração para muitas pessoas,que acham que não podem fazer nada,para reverter esse quadro...pois,pensam que só grandes ações,vão surtir efeeito...,eu acho que se cada um que puder,plantar algumas árvores nativas de sua região,...,esse pequeno gesto,quando somado aos demais,trará um efeito positivo,além de melhorar o ambiente onde vivemos....
    Façam alguma coisa,plantem pelo menos uma árvore,a natureza e o nosso futuro agradeçem...

    Um abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.
    João Pessoa,PB.

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