Todas as postagens desse blog, são de inteira responsabilidade do colaborador que a fez e refletem apenas a sua opinião.
Caso você tenha interesse em colaborar com esse Blog, por favor, envie uma mensagem para redator@ame-rio.org

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Quem se anima a identificar estas abelhas?

Porno abelhas?



1) Foto encontrada em site mantido por Marco Torres na Apisguia, gentilmente cedida por Jonilson Laray. 

"Também chamam de Nariz de Anta"




  2) Foto retirada de mensagem de Gesimar Célio para o grupo ABENA.

"O dono delas diz que estes pitos ficam prontos em dias........ ???"    



 3) Foto retirada de mensagem de Eduardo Porto para o grupo Abena

"Alguém sabe o nome que os camponeses dão à esta abelha....rs.... "


 4) Foto retirada de mensagem de Oderno Theves para o grupo ABENA

"Olhem só o tamanho do..."


sábado, 8 de agosto de 2009

Você conhece o Mutre?

Esta é a planta favorita de inúmeras pessoas, e também pode ser a nossa favorita. Alguns acham que sua fragrância é um presente que não pode ser superado. O seu aroma perdura no ar por todo dia e toda a noite. Ao contrario da maioria das plantas perfumadas, o perfume do Mutre não pára, permeando o ar com um perfume doce e forte de amêndoas. Já muitos apicultores o adoram, porque dizem que com ele conseguem triplicar a produção de mel. O mutre possui uma flor que atrai vários tipos de insetos, principalmente abelhas e borboletas. E é pela sua propriedade de atração de abelhas que se tornou uma das plantas preferidas dos Meliponicultores. Por ser uma planta nativa da América do Sul, o Mutre se desenvolveu junto com as nossas abelhas e praticamente todos os tipos de meliponineos o visitam, assim como muitas das nossas abelhas solitárias.

A  Aloysia virgata é uma planta da família das Verbenaceaes. No sul do Brasil, onde é nativa, a planta é conhecida como Cambará-lixa e sua floração é restrita ao final da primavera e ao período de verão. Já quando passou a ser cultivado em jardins ou extensivamente para extração de seu óleo essencial, foi desenvolvida uma variedade que floresce praticamente durante praticamente todo o ano e é a esta variedade que nos referimos, quando mencionamos o Mutre.


O Mutre é um arbusto de tamanho médio que medra a pleno sol ou até mesmo a meia sombra. Suas pequenas flores, brancas e perfumadas, dispostas em racemos terminais, recobrem a planta à maior parte do ano, especialmente durante os meses mais quentes. Em certas regiões de clima quente o Mutre floresce o ano inteiro, mas em outras, dependendo das condições do inverno, a planta diminui e até mesmo pode parar a floração e perder parte de suas folhas.

O Mutre pode ser cultivado em vasos e ser mantido com uma pequena altura através de podas regulares. Inclusive a poda é recomendada não só para cultivos em vasos, como também cultivos externos, para aumentar a quantidade de ramos e conseqüentemente de flores. Sempre que a planta é podada, logo abaixo do ponto de corte surgem inúmeros ramos que tem um crescimento muito rápido e o florescimento se dá em algumas semanas.

Adele Maria Sá Nascimento dos Santos defendeu em fevereiro de 1999 sua tese de mestrado, “ESTUDO DO MUTRE (Aloysia virgata) COMO FONTE DE NÉCTAR PARA ABELHAS AFRICANIZADAS (Apis mellifera) NO ESTADO DO CEARÁ”. A pesquisa foi realizada no apiário do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará, localizado em Fortaleza. Os dados foram coletados no período de junho de 1996 à fevereiro de 1999, visando avaliar potencial do mutre, Aloysia virgata (Ruiz et Pav.) Juss., como fonte de néctar pra as abelhas.


Em sua tese Adele concluiu que o Mutre apresenta requisitos importantes que o classificam com uma boa fonte de néctar pra as abelhas como abundância de flores, abertura floral ao longo do dia, néctar com boa concentração de açúcar, florescimento contínuo ao longo do amo e apresença de uma população de abelhas forrageando durante todo dia. A pesquisa foi para Apis melífera, mas a grande quantidade de meliponineos que também visitam as flores do Mutre leva-nos a inferir que o Mutre também é sumamente importante para a Meliponicultura.
     
As imagens deste post foram gentilmente cedidas pelo Pedro Paulo, da AME-RIO e pelo Vinicius Carvalho, ambos no grupo ABENA, ou diretamente em pesquisa na Internet.