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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

DOCE NATAL e um ANO NOVO BEM FORRAGEADO

Este foi um ano difícil para todos, em vários aspectos, e na nossa associação também não foi muito diferente. Tivemos a perda de amigos/associados que partiram para o Jardim do Pai, deixando saudades.
Mas nem sempre o mel é tão doce, e nem sempre o limão é tão azedo! Apesar dos percalços e surpresas do dia a dia, temos que AGRADECER por mais um ano. Um ano que apesar de provar a capacidade de nossas perseveranças, também nos agraciou com boas conquistas.
Conseguimos formar mais um grupo de 30 novos meliponicultores. 
Estamos organizando a 5ª edição do Concurso Nacional de Méis Nativos. 
Fazemos parte de um Grupo de Trabalho junto com o MAPA e o INEA para formatar uma resolução específica de transporte e criação de abelhas nativas para o Rio de Janeiro. 
Estendemos o projeto de análise de pólen com a Dra Barth, envolvendo mais meliponários e mais espécies de abelhas na pesquisa. 
Também fomos convidados para participar da 1ª "Semana da Abelha" do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 2016. 
Essa é uma pequena amostra do resultado de nossos esforços.
Mas ainda que alcançássemos prêmios e condecorações, e não tivéssemos conquistados amigos, nada seríamos ....
O bom de ser AME-RIO não é só pelas abelhas nativas, provas de méis, e palestras ....
Nada seria a associação, sem os amigos cultivados e mantidos ao longo de sua existência.
Cada reunião um encontro de amigos e famílias. Empatias, trocas de experiências, ajuda mutua... Características de convivência bem parecidas com as das nossas melíponas.
Pouca defensividade e muita doçura !
Unidos dentro desse clima de solidariedade e ajuda mútua que cultivamos, e tentamos manter, queremos desejar um Natal em que a FRATERNIDADE seja sempre lembrada conforme JESUS sempre nos ensinou.
Que venha 2016 com prosperidade de sentimentos bons. Que venham novas amizades e que o sucesso esteja firmado em nossos ideais mais Fraternos!
FEZIZ NATAL
E
UM 2016 MUITO DOCE
Medina

domingo, 15 de novembro de 2015

CURSO AME-RIO 2015

O curso de capacitação teórico/prático da AME-RIO 2015 foi realizado neste mês novembro, e para a nossa felicidade, este ano tivemos muitos adeptos para as vagas reservadas para o pessoal dos parques com que já mantemos parcerias.
Não basta querermos divulgar a existência e importância das abelhas sem ferrão, é muito importante para a nossa associação que conforme as "nossas abelhas" vão se tornando mais conhecidas, também o correto manejo seja difundido entre os interessados.
Neste ano limitamos a capacitação em 30 vagas, e como já havíamos notado anteriormente, todas as vagas foram preenchidas com uma galera interessada e com propósitos super altruístas.  

Os 3 dias do curso ocorreram dentro do Parque Municipal da Catacumba, com a permissão de seu gestor Felipe. Dentro do parque há algumas salas da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV), normalmente utilizadas nas atividades do pessoal da terceira idade durante a semana, uma dessas dependências nos foi gentilmente cedida pela Sra. Flávia Furtado da SESQV, para a realização da parte teórica do curso. Deixamos aqui nossos agradecimentos ao pessoal do SESQV. 

A seguir algumas fotos do nosso curso:


Inicio do curso com os alunos se apresentando, muitas histórias, e muitas forças que estão se aliando aos interesses da meliponicultura. Fiquei muito contente....


Depois de muita teoria no primeiro dia ... o pessoal segue para a primeira parte prática






Professor Ivan mostra detalhadamente vários acessórios, e ensina como fazer xarope para o inverno, bombons, Lâmina de cera, pote de cera , isca pet ... etc etc 





Segundo dia de teoria .... tiveram que me aguentar por muitas horas ...!!! 


Fellipe, o rapazinho no primeiro plano abaixo, é um entusistico guia de abelhas sem ferrão no meliponário da Floresta da Tijuca. Aguentou firme meu blá- blá-blá ...


No primeiro dia não registrei, mas o cardápio foi cachorro-quente, já no segundo ... sopa de ervilha com linguiça e torradinhas .... e no terceiro piquenique colaborativo!!

Depois mais prática ...







Como não podia deixar de ser ... quem mexe com abelha sem ferrão tem que saborear o delicioso e inigualável sabor de seus méis !!! E a galera experimentou vários méis ...  



Uma caixa aberta para todos verem de perto e poderem reconhecer o anel nascente, bem como experimentar o prazer de degustar o mel coletado, ali na hora .... do pote para a boca ... 





Professora Júlia deu seu recado no terceiro dia de teoria ... e depois distribuiu muitas mudas ... para a alegria de todos ..



O terceiro dia de prática começou com a transferência de uma captura em isca pet para caixa racional vertical ... A aula foi dada pela Júlia e Sandra .. e a fotógrafa oficial da AME-RIO bem a frente só registrando.



Essa bela captura em isca pet nos foi cedida pelo associado Jorge Martins ... O garoto da isca-pet de ouro ... É o associado de maior sucesso em capturas de jataís na história da AME-RIO!! 









Nosso atual presidente, Gesimar, tentou mas não resistiu ... Adora mexer com a jataís ... e se juntou ao grupo para ajudar na transferência, salvando as abelhinhas que não sabiam voar ainda. 


Depois o grupo se dividiu em dois para acompanhar e ajudar em duas desdobras de Mandaçaias, e nós responsáveis pelos meliponários nos parques, vamos combinar com o grupo para realizar desdobras com mais alunos que se dispuserem nos acompanhar em outras datas ...

Abaixo Kit AME-RIO: Isca-pet e caixa básica construída pelos próprios alunos, apostila, DVD  .. foto tirada pelo Luis.


 Medina

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Mandaguaris cultivam fungos promissores

Transcrevo abaixo uma pesquisa muito interessante sobre abelhas sem ferrão de Cristiano Menezes. 
Faço isso para deixar registrada e facilmente disponível esta pesquisa surpreendente.
Att
Medina
  
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Todo mundo sabe que muitas espécies de formigas cultivam jardins de fungos em seus formigueiros. É de onde tiram seu alimento. Elas não vivem sem os fungos e os fungos não existem sem elas, logo ambos mantêm um tipo de relação chamada pelos biólogos de simbiose, com benefícios para todos. Mas uma abelhinha sem ferrão cultivando fungos? Isso é novidade absoluta para a Ciência! Acaba de ser publicado o primeiro artigo científico revelando esta descoberta, feita quase por acaso quando o entomólogo Cristiano Menezes ainda fazia seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP).
Cristiano estudava o desenvolvimento da abelhinha nativa sem ferrão mandaguari (Scaptotrigona depilis) desde a postura e eclosão dos ovos e notou o crescimento de um fungo branco ao redor das células onde ficam as larvas, antes de se transformarem em abelhas adultas. Chegou a temer que o fungo infestasse as larvas e causasse problemas, mas então percebeu que as larvas se alimentavam do fungo. Para ter certeza disso, fez alguns testes, monitorando as larvas mais de perto: metade delas recebeu um alimento estéril sem o fungo e a outra metade, com o fungo.
1ovoabelhinha_CristianoMenezes
Pronto! Estava confirmado: os fungos não crescem nas células das larvas por acaso, eles são a comida das futuras abelhinhas! As larvas criadas em laboratório, com o alimento mais os filamentos do fungo, apresentam uma taxa de sobrevivência de 76%. Já a maioria daquelas que recebem só o alimento, sem o fungo, não sobrevivem: só 8% completam o desenvolvimento.
“É a primeira vez que se encontra um caso de simbiose entre abelha e fungo”, confirma o entomólogo. “Já existia um relato, no Brasil, de simbiose entre uma abelha (mandaçaia) e uma bactéria, mas não se avançou nesse assunto, desde então. Agora (após a confirmação da simbiose entre o fungo e a mandaguari), o grupo da pesquisadora Mônica Pupo, da USP de Ribeirão Preto, está encontrando uma série de outros microrganismos associados a esse sistema. Pelo visto, a nossa descoberta é apenas a ponta do iceberg”.
3Larvacomfungoaoredor_CristianoMenezes
O artigo com a descoberta e as pesquisas feitas para confirmar a relação entre as abelhinhas e o fungo saiu nesta quinta feira, 22 de outubro de 2015, na revista científica Current Biologyda Cell Press (EUA), assinado por Cristiano Menezes, Ayrton Vollet-Neto, Anita Jocelyne MarsaioliDavila ZampieriIsabela Cardoso FontouraAugusto Ducati Luchessi e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca. As instituições envolvidas na pesquisa são Embrapa Amazônia Oriental, USP, Universidade de Campinas (Unicamp) e Instituto de Tecnologia Vale (ITV).
O fungo de filamentos brancos associado à abelhinha mandaguari é do gênero Monascus. Trata-se de um gênero de fungo pesquisado na Universidade de Santa Catarina (UFSC), por exemplo, por sua atividade antimicrobiana, contra três dos piores contaminantes de alimentos: Staphylococcus aureusEscherichia coli e Salmonella enteritidis. É um gênero de fungo igualmente estudado como biocolorante para alimentos, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). E os pesquisadores suspeitam que outras espécies de abelhas sem ferrão também mantêm simbiose com fungos similares.
2fungoCristianoMenezes
Pelo visto, além de garantir a polinização especializada de muitas flores nativas; além de produzir diversos tipos de mel com propriedades diferenciadas e própolis valiosos, as abelhinhas brasileiras ainda nos reservam muitas surpresas promissoras no universo das moléculas com potencial para se transformarem em medicamentos e novos produtos! Dedicar tempo e pesquisa à conservação das nossas abelhinhas, portanto, não é só um hobby ou assunto exclusivo de amantes da natureza: é investimento no futuro!
Fotos: Cristiano Menezes (de cima para baixo: abelhinha mandaguari; ovo depositado em uma célula de crescimento da colmeia; larva cercada por fungos brancos e fungo Monascus ao microscópio)

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

5º CONCURSO NACIONAL DE MÉIS DE ABELHAS NATIVAS - AME-RIO


Neste link você pode ter acesso ao arquivo com as REGRAS:
https://drive.google.com/open?id=0B9OALdvuQfLUbEZlOTZla1BHWE0

A Edição 2016 do Concurso Nacional de Méis Melipônicos contará com o corpo de jurados, a saber:



Dr. Rogério Marcos de Oliveira - pesquisador da UFRB na área de meliponicultura e professor emérito de meliponicultura. (Promoveu e coordenou os primeiros concursos do gênero no Estado da Bahia)

Dra. Mônika Barth - pesquisadora da FIOCRUZ e especialista em análises laboratoriais de pólen e mel.

Dra. Cristina Lorenzon - Zootecnista e professora da UFRRJ, especialista em abelhas, com ênfase em produtos e processos. Elaborou e teve participação em diversas publicações editadas nacionalmente. 

Chef Paulo Abreu Lima – Mestre em cultura Alimentar, proprietário do "Fazenda Culinária" no Museu do Amanhã e especialista e produtor de azeites de oliva gourmet.

Prof, Álvaro Madeira – Associado e membro fundador da AME-RIO, professor de Ciências Agrícolas e especialista em Educação Ambiental – membro das comissões julgadoras dos concursos anteriores.

Chef Gourmet Flávia Quaresma - Reconhecida gourmet e proprietária do Carême Bistrô, comandou o programa “Mesa para Dois “ no GNT, assina vários tratados sobre culinária já publicados.


OBJETIVO

 Selecionar como CAMPEÃO uma amostra de mel de abelhas nativas, com base em critérios sensoriais de melhor percepção do aroma, bouquet e sabor a vista dos padrões organolépticos do mel in natura fresco e recém coletado. 

REGRAS:

O concurso é aberto apenas ao mel de abelhas nativas, e poderão concorrer méis processados ou refrigerados.

Os concorrentes poderão inscrever seus méis em uma de 5 categorias, a saber: refrigerado; congelado, maturado, desumidificado ou pasteurizado.

De cada categoria serão selecionados os 3 primeiros colocados, que serão premiados com um Certificado da respectiva categoria e colocação. 

Cada meliponicultor pode concorrer com amostras de diferentes méis.

As amostras serão recebidas de 01/02/2016 até 07/03/2016, e a remessa é por conta do inscrito.

Cada amostra deve ter no mínimo 400 ml. Havendo caso de espécies reconhecidamente pouco produtivas será aceita a metade do volume requerido, mas a mostra deverá ser ressalvada/justificada com a descrição da espécie conhecidamente de baixa produtividade de mel.

As amostras deverão ser acondicionadas sem identificação afixada no frasco. A referida identificação deve constar em ficha solta, onde deve constar: 

=> Nome do Meliponário ou Meliponicultor;
=> Estado;
=> Cidade;
=> Espécie da abelha;
=> Tipo de conservação que estabelecerá a categoria de concorrência (refrigerado; congelado; maturado; desumidificado; pasterizado);
=> Data da coleta;
=> Florada predominante (opcional);
=> Notificar sa a amostra procede de uma única caixa ou de diversas;
=> Localizção georreferêncial do ponto de coleta - não obrigatório. ( O georreferenciamento está disponível no GoogleMaps).

As amostras passarão por uma análise laboratorial, executada pela Dra Mônica Barth, que atestará a pureza da mesma (condição eliminatória – sanidade - diz respeito apenas à existência de contaminantes).

Outras características laboratoriais também serão levantadas pelo Laboratório da UFRRJ.


 As análises se estenderão após a data do julgamento, mas ficarão em sigilo para fins de pesquisa. Caso algum concorrente queira ter acesso aos resultados totais de sua própria amostra, poderá se manifestar, e a análise será repassada privadamente.

A qualquer momento, se for detectado o mesmo mel inscrito em mais de uma categoria, todas as amostras serão desclassificadas sumariamente.

De cada amostra participante será separada pelo menos uma sub-amostra, que será disponibilizada sem identificação sobre o produtor/mel aos jurados para julgamento. A amostra poderá ser avaliada por cada jurado, tantas vezes quanto o mesmo necessite para o estabelecimento das pontuações. O restante será arquivado como reserva técnica e para eventuais contra-provas.

Os jurados realizarão o julgamento simultaneamente no dia 19/03/2016 no Parque Municipal da Catacumba às 10 horas, em ambiente reservado e de maneira independente, sendo proibidos comentários dos mesmos até o final do julgamento.

Método de pontuação: inspirado em Análise Sensorial em Provas de Méis – Antônio Gomes Pajuela - 1996

Os parâmetros verificados pelos jurados de cada amostra serão classificados conforme a seguinte pontuação: QUALQUER VARIAÇÃO DE ZERO A DEZ 

Conforme o objetivo, os jurados darão seus votos conforme critérios de palatabilidade pessoal, não levando em consideração características mercadológicas padronizadas para o mel de apis melífera.

A pontuação de cada parâmetro será multiplicado por um peso referencial, a saber:

Transparência: x4 / Densidade: x4 / Cor: x4 / Acidez: x7 / Bouquet: x9 / Aroma: x9 / Sabor: x13

Assim a nota máxima de cada parâmetro será:


=> Transparência: 40
=> Densidade: 40
=> Cor: 40
=> Acidez: 70
=> Bouquet: 90
=> Aroma: 90
=> Sabor: 130


# Podendo atingir nos parâmetros: Transparência; Densidade; Cor; Acidez = 190 pontos


# E nos parâmetros: Bouquet; Aroma; Sabor = 310 pontos
=> Resultando em uma nota máxima = 500 pontos

Variabilidade dos parâmetros:

Transparência: Cristalino; Transparente; Pouco Transparente; Opaco.
Densidade: Ralo, Pouco Denso; Denso; Muito Denso.
Cor: Dourado Intenso; Dourado; Dourado Claro; Amarelo Intenso; Amarelo; Amarelo Esverdeado; Rosado; Sem Cor.
Acidez: Pouco Ácido; Ácido, Muito Ácido; Sem Acidez.
Bouquet: Maior tempo de permanência do sabor do mel depois de degustá-lo.
Aroma: intensidade, grau de aceitabilidade / agradabilidade e maior tempo de permanência.
Sabor: Grau de aceitabilidade / agradabilidade.

A pontuação final de cada amostra será dada pela média aritmética da pontuação dos seis jurados.

A classificação final premiará os 3 primeiros colocados de cada categoria, que receberão seus respectivos certificados referentes a sua “CATEGORIA” emitidos pela AME-RIO (Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro) e FAAMERJ (Federação das Associações de Apicultores e Melipicultores do RJ)

O Mel Campeão será o que tiver maior pontuação, dentre os 15 selecionados. O critério será a maior média aritmética simples obtida nos parâmetros: Bouquet, Aroma e Sabor dos 15 selecionados, sendo o vencedor desta etapa premiado com o Troféu de CAMPEÃO, e a devida divulgação. Aos meliponicultores premiados será permitido anexar ao seu rótulo o título de “Mel (Nome da Categoria) Premiado”: 1º, 2º ou 3º lugar AME-RIO/2016 e “MEL CAMPEÃO – AME-RIO/2016".

Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora do Concurso.

REMESSAS DAS AMOSTRAS PARA:
Rua Visconde de Figueiredo nº 36 apt 406
RJ - Rio de Janeiro _ Tijuca
CEP 20550-050


INFORMAÇÕES: MEDINA



TROFÉU DO CAMPEÃO COM NOME INSCRITO NA BASE