Amigos da AME-RIO e Internautas,
Há exatamente uma semana, no dia 12.08.2011, meliponicultores de diversos locais de Santa Catarina, com o apoio da EPAGRI, reuniram-se em Campos Novos no I Encontro Catarinense de Meliponicultura. Esse evento foi realizado no CETRECAMPOS (Centro de Treinamento da EPAGRI) e segundo Mario Tessari, educador, ambientalista e meliponicultor da cidade de Jaguaruna, foi "o evento estadual mais importante para a meliponicultura catarinense, até agora".
Mario Tessari
Ele nos contou que em primeiro lugar foram relacionadas as potencialidades da meliponicultura naquele estado:
- polinização;
 - produtos: mel/pólen;
 - vendas: enxames e produtos;
 - manejo barato e seguro;
 - disponibilidade de cursos;
 - troca de material genético entre meliponicultores;
 - atividade em crescimento;
 - qualidade e variedade de espécies no Estado;
 - mercado promissor;
 - amor pela atividade;
 - preservação das espécies;
 - procura por cursos;
 - risco financeiro baixo;
 - fonte de renda;
 - equilíbrio ambiental;
 - potencial medicinal do mel;
 
Também foram relacionadas necessidades, para um melhor aproveitamento dessas potencialidades:
- estudos de espécies produtivas;
 - incentivo à criação de espécies nativas de cada região;
 - parcerias com instituições;
 - difusão da atividade em ambientes urbanos;
 - a divulgação em âmbito nacional;
 - incentivo à entrada de mais pessoas na atividade;
 - incentivo à criação na agricultura familiar;
 - troca de genética;
 - desenvolvimento de novos produtos e subprodutos;
 - melhor apresentação dos produtos através de uma boa embalagem;
 
A seguir foram relacionados os entraves para a meliponicultura no estado:
valor comercial dos enxames (risco de furto, perdas);
valor comercial dos enxames (risco de furto, perdas);
- individualidade entre produtores;
 - falta de apoio do poder público;
 - falta de padronização das caixas;
 - legislação inadequada;
 - alimentação artificial cara;
 - alto custo da caixa;
 - desinformação;
 - pensamento apenas em lucros;
 - desmatamento e uso indiscriminado de agrotóxicos;
 - dificuldade de se dedicar à atividade (é hobby, lazer);
 - extração e armazenagem;
 - falta de divulgação;
 - conhecimento técnico restrito e mal aplicado;
 - falta de associativismo;
 
Também foi feita uma relação do que fazer para acabar o amenizar os entraves para a meliponicultura:
- atuação mais vigorosa junto aos legisladores;
 - socialização do conhecimento adquirido;
 - provimento de floradas para as abelhas;
 - capacitação de mais produtores;
 - organização da classe;
 - inspeção de produtos, garantindo a qualidade e procedência;
 
- Legislação;
 - Marketing;
 - Capacitação;
 - Associativismo;
 - Pesquisa.
 
Aconteceu, também, a escolha de líderes por região, os quais devem representar os meliponicultores junto à FAASC. Os escolhidos foram:
Oeste: Davi PiovezanMeio Oeste: Ângelo RossoAlto Vale do Itajaí: Sigfrid FrömmingEncosta Sul: Rudinei SoaresExtremo Sul: Etevaldo Citadin
Para algumas regiões não chegaram a ser escolhidos os representantes e deverão ser indicados posteriormente: Extremo Oeste; Norte; Litoral Norte; Médio Vale do Itajaí; Planalto Sul; e Litoral Centro.
Como representante estadual foi escolhido o próprio Sigfrid Frömming, que instou a todos que unissem seus esforços para que aqueles objetivos definidos possam ser contemplados.
Sigfrid Frömming
Já nós temos a certeza que mesmo não alcançando um grande diferencial durante sua gestão, Sigfrid e os outros representantes regionais vão ajudar a preparar uma base sólida onde novos representantes poderão se apoiar para então conseguir um bom crescimento da meliponicultura catarinense e nacional.
Parabéns ao Sigfrid, por sua escolha, parabéns aos outros representantes, parabéns aos meliponicultores catarinenses que estão muito bem representados e finalmente parabéns para os meliponicultores de outros estados, que poderemos pegar uma carona no crescimento da meliponicultura barriga-verde.
Está na hora de outros estados seguirem o exemplo dos catarinenses e repensar a meliponicultura, com esperança e entusiasmo, mas com os pés bem plantados no chão.
UGA
José Halley Winckler
Rio de Janeiro 






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