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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Morning for Bob the Beeman in Brisbane, Australia


Eu sou Bob, the Beeman, e fui chamado para investigar um enxame de abelhas perto do centro de Brisbane, aqui na Austrália.
Achei tudo tão interessante que pensei que em compartilhar a história com vocês da AME-RIO e do Grupo ABENA. 

Esta é uma manhã na terra de Bob, the Beeman, na Austrália. Eu não gosto de trânsito e tenho um utilitário que não é bom em lugares apertados. Eu tinha entendido que os proprietários do imóvel queriam que as abelhas fossem removidas simplesmente porque eles estavam fervilhando na entrada de sua colônia, provavelmente elas estavam investigando alguma coisa e se preparavam para uma possível enxameação.

No Google Earth, as coordenadas para o local são 27 graus 27 ' 51,68" Sul e 153 graus 01' 39,43" Leste

Durante a semana passada houve uma intensa movimentação das abelhas em frente à entrada da colônia, na base de uma figueira (Ficus sp).  Era óbvio, pela quantidade de abelhas que vi e a resina em torno da entrada, que as abelhas eram da espécie Trigona carbonaria. Pelo que vi, acredito que elas já estavam neste local há um grande número de anos. 


Quando cheguei lá, as abelhas já haviam retornado ao trabalho de forrageamento normal. Fiz um vídeo que coloquei no YouTube: 

Às 11:00h havia uma grande quantidade de pólen chegando  e as abelhas estavam muito ocupados, o que é surpreendente, considerando que este é um local perto do centro da cidade central, com um grande fluxo de tráfego, e com grandes edifícios e uma movimentação muito intensa em torno delas. 

 
Infelizmente, a linha de vôo das abelhas passava por cima de uma área onde fumantes, dos escritórios localizados nos edifícios próximos, vão para fumar seu cigarro nos intervalos do trabalho. As abelhas eram uma inconveniência e os administradores estavam procurando uma desculpa para se livrar delas. Como vocês podem ver pela localização da entrada, ela vai para o chão e entre as raízes do Ficus, portanto seria muito difícil remover a colônia sem remover a árvore. 
Eu disse a eles que  elas não poderiam ser forçadas a sair como eles esperavam. Eu também lhes disse que essas abelhas não enxameiam o tempo todo. A movimentação da semana anterior era ou um enxame que estava saindo para formar uma nova colônia, ou um grupo de zangões à espera de uma princesa que iria surgir. Enquanto eu estive lá tudo pareceu normal, elas estavam apenas ocupadas no trabalho de coleta na vegetação das calçadas da cidade. 


As abelhas coletaram muita resina nessa área e incorporaram folhas e pedaços de grama de jardim em sua entrada. Agora existe um túnel que vai até as raízes da árvore. 
O problema real era que o gerente do prédio era novo, ele não sabia bem que insetos eram estes. É muito difícil convencer essas pessoas, mas eu escrevi uma carta dizendo que meu conselho seria para deixá-los lá. Eu aconselhei que adicionassem alguns arbustos para manter o enxame de abelhas na área do jardim e também sugeri que fizessem uma placa para dizer às pessoas que elas eram inofensivas abelhas australianas  sem ferrão. Isso pode ajudar a educar eventuais transeuntes, o enxame está em um local muito bom e podemos conseguir uma boa exposição para a divulgação dessas abelha. A colônia está muito segura por baixo nas raízes da árvore que nunca irá ser aberta ou removida
Agora eu tenho que esperar e torcer para um resultado positivo, anunciando que as abelhas serão deixados em sua casa. 

Bob, the Beeman.
Direto de Birbane, na Austrália

sexta-feira, 25 de março de 2011

CONCURSOS DE MÉIS - Faltou o mel australiano.

Amigos da AME-RIO e Internautas,

Um dos acontecimentos anuais da AME-RIO é o nosso CONCURSO NACIONAL DE MÉIS, que é realizado a cada início de primavera, aqui no Rio de Janeiro.

Esse é um projeto do Pedro Paulo Peixoto, nosso ex-presidente, que envida o máximo de seus esforços na sua realização. Como muitos, o Pedro Paulo está convencido que a degustação freqüente dos méis de nossas Abelhas Sem Ferrão é uma excelente ferramenta para a divulgação da meliponicultura e, com certeza, através dela poderemos atrair mais e mais pessoas para nossa atividade.


Para os dois primeiros concursos, foram requisitados juízes oficiais, indicados por diversos estados. No último Concurso como nem todos os Juízes tiveram condições de se deslocar para nosso estado, precisamos fazer com que amostras dos méis que estavam concorrendo chegassem até eles e depois precisamos aguardar a devolução das planilhas preenchidas por cada juiz, para chegarmos ao resultado oficial.


Os dois primeiros concursos foram mais dispendiosos, pois se objetivava também a formação de Juizes, sob um mesmo padrão de julgamento.

Mas no dia do Concurso, já que também seria feita uma degustação dos méis presentes, o Pedro Paulo resolveu distribuir as fichas de avaliação entre os presentes, para que eles fizessem também uma avaliação e se integrassem as regras básicas dos julgamentos de méis.

Vejam a nossa ficha de avaliação e as observações de como efetuar a avaliação, clicando na imagem, você pode ampliá-la.

E não é que essa avaliação acabou se mostrando tão precisa, quanto às dos avaliadores oficiais? Ao menos para os três primeiros colocados.

Após isso o Pedro Paulo resolveu repetir a experiência outras vezes, em degustações informais, mas sempre com avaliação dos presentes e de juízes oficiais, e em todas elas se repetiu o resultado, a nossa avaliação informal, secundou as avaliações dos juízes oficiais, que avaliaram nossos méis, na escolha do primeiro e segundo colocado em uma ocasião e nos três primeiros em outra ocasião.

O Pedro Paulo sempre diz que a freqüência dos concursos visa popularizar aos degustadores o sabor considerado ideal para os méis de ASF, além de familiarizar os participantes com as características do mel julgado.

Nessa nossa última reunião esperávamos que o nosso amigo australiano, Robert Luttrell, nos trouxesse uma amostra de seu mel de Trigonas carbonarias, para uma comparação com os nossos méis. O Pedro Paulo estava muito ansioso para efetuar esta comparação, na verdade todos nós estávamos aguardando essa oporturnidade de provar o mel australiano. Infelizmente, embora ele tenha trazido o mel da Austrália, na viagem de Santa Catarina para o Rio de Janeiro , o Bob acabou extraviando o tão esperado mel de carbonárias.

Mas nem por isso deixamos de fazer a avaliação de alguns méis que tínhamos a disposição, inclusive demos trabalho para o Bob the Bee Man, e ele precisou colher méis de mandaçaias e de urucus amarelas, que foram utilizadas na nossa avaliação.


Acabamos fazendo a avaliação com 6 (seis) amostras de mel.

Na foto ainda falta a amostra que está sendo colhida pelo BoB.

O primeiro concorrente, Mel A, foi o mel de uma colônia de mandaçaias (Melipona quadrifasciata anthidioides), aqui do Meliponário Escola, cuja colônia precisava ser transferida de caixa, então o pedimos que o Bob ajudasse a colher o seu mel, já que na transferência, normalmente retiramos o mel, devolvendo o alimento, no segundo ou terceiro dia e não precisa ser o próprio mel.

O segundo concorrente, Mel B, foi o mel de urucus amarelas (Melipona rufiventris) , colhido aqui no Meliponário Escola, no final do ano passado e que em um teste anterior, em dezembro, tinha ficado em primeiro lugar.

O terceiro concorrente, Mel C, foi o mel de jandaíras (Melipona subnitida), que veio do Rio Grande do Norte em 2009.

O quarto concorrente, Mel D, foi o mel de tiúbas (Melipona compressipes fasciculata), que um associado nosso trouxe do Maranhão, também de 2009.

O quinto concorrente, Mel E, foi o mel de uruçu nordestina (Melipona scutellaris), que nosso associado Flavio Geo, trouxe há pouco do Sertão Pernambucano, colheita recente, 2011.

O sexto concorrente, Mel F, também foi o mel de urucus amarelas (Melipona rufiventris) , colhido pelo Bob, aqui no Meliponário Escola, momentos antes do teste.

Pela avaliação dos associados presentes o melhor mel apresentado, foi o Mel E, de uruçu nordestina, que o Flavio Geo trouxe do sertão pernambucano.

Mas o “Mel A”, mel das mandaçaias, colhido pelo Bob brigou pau a pau e ficando em segundo lugar por poucos centésimos, na média das notas.

Vejam abaixo a o resumo das avaliações de nossos associados.

No julgamento de méis, as notas valem, para o avaliador, para apuração final é valida a classificação final dada por cada Juiz.

Nas cédulas de Julgamento, vários itens são observados e julgados, da cor a acides, do sabor a densidade, assim os concursos devem explicitar os itens que deverão sinalizar a classificação final. Aqui levamos em conta unicamente o item sabor, para avaliação final. Tanto que o mel que tirou o primeiro lugar estava meio opaco, denotando alguma falha no manejo da colheita. Entretanto, isso não alterou seu sabor, que conseguiu classificação máxima.

Todos os méis, que não foram colhidos na hora, estavam conservados sob refrigeração, mas como esperado, os méis mais antigos perderam algo de seu sabor nesse processo de guarda.

Também achei bastante interessante que, localizadas no mesmo local, as mandaçaias, dessa vez produziram um mel bem mais saboroso que o das urucus amarelas, isso deve ser devido a seletividade na escolha de flores de cada uma, as mandaçaias visitam flores com um néctar mais saboroso, do que o das flores visitadas pelas urucus amarelas. Já em dezembro passado foi o contrário, o mel das urucus, sobrepujou o das mandaçaias, provavelmente devido a escolha de pastagem, feita por cada uma.

Outro teste de avaliação que também estamos efetuando é a forma de classificação, alguns estatísticos dizem que se em avaliações semelhante for pedido para dar nota a cada um dos concorrentes ou se for apenas pedido que os concorrentes sejam classificados em primeiro, segundo, terceiros, etc, por cada avaliador, a contagem dos primeiros lugares, estatisticamente, pode ser utilizada para a classificação, com utilização da contagem de segundos classificados podendo ser utilizada como critério de desempate.

Bem, utilizando essa forma de avaliação, os resultados se repetem até o terceiro lugar.

Mas o melhor dessa avaliação de méis é que depois cada um dos avaliadores pode degustar uma deliciosa porção dequeijo catupiry, regada exatamente com o mel de sua preferência.

O Pedro Paulo nos disse que vai continuar fazendo essas experiências, até conseguir alcançar a melhor forma de avaliar nossos méis, nos CONCURSOS DE MEIS que continuaremos efetuando. E eu fico torcendo por isso, e pela oportunidade de provar os melhores méis de nossos associados.

Inclusive o Flavio Geo, disponibilizou vários vidros do mel que nos trouxe, e que foram todos vendidos na hora.

Abraços a todos, e parabéns ao Pedro Paulo, pela iniciativa e ao Flavio Geo, pelo mel que escolheu para trazer.

José Halley Winckler
Redator do site da AME-RIO

O Bob ficou de nos enviar algumas fotos, que ele mesmo bateu. Vamos ficar aguardando, para complementar esta matéria.

domingo, 20 de março de 2011

The Bee Man, no Rio de Janeiro

Amigos da AME-RIO e ABENAUTAS

Felizmente os "detetives" da nossa associação, depois de longas buscas, conseguiram localizar o hotel, em que se hospedava o nosso amigo australiano, o Robert Luttrell,  o Bob the Bee Man, na manhã deste sábado, o Medina e sua família meliponicultora buscaram o Bob no hotel e o trouxeram de carro até ao Meliponário- Escola.

Já estávamos iniciando a reunião quando eles chegara e o Bob foi recebido com uma salva de palmas, realmente, emocionante e espontânea. Que alegria......

Feitas as apresentações de praxe, pelo Presidente da AME-RIO, convidamos ao Bob a fazer a palestra prometida, que acabou sendo feita em inglês, com a tradução para o português feita de imediato, por um excelente tradutor, o Flavio Geo, nosso associado, que se vê na foto ao lado do Bee-Man.

Com muita descontração o palestrante fluiu em detalhes sobre as abelhas australianas, falou das diferenças e teceu comentários de como estão atrasados os estudos científicos sobre ASF por lá.

Acabada a palestra fomos todos almoçar numa boa churrascaria local, também vai uma foto da mesa com Bob e os demais associados.

Voltando do almoço nada melhor do que iniciar pelo manejo da caixa com mandaçaias, que desde as primeiras horas estavam lá postas , aguardando a colheita de mel.

O Bob foi convidado a empunhar o extrator tupiniquim (tampinha milagrosa), e colheu o delicioso mel das mandaçaias.

O Bob colheu um vidro, e depois colhemos com os outros extratores, o manual do Medina, com bomba a vácuo, e o elétrico, também feito pelo Medina.

O Bob fez questão de experimentar o uso de todos os extratores. Ao todo foram colhidos 3 vidros de 250 gramas e mais um pouquinho num quarto vidro.

Desta caixa colhemos todo o mel, pois desejávamos fazer a transferência do enxame, da caixa já apodrecida para outra nova e de tamanho mais apropriado para a espécie.

Operação feita com muita correção pelo vice-presidente Andreas, acompanhado pela atenta observação do Bob.

Nestas alturas até os micos estrela que freqüentam as árvores e a varanda de nosso Meliponário Escola, sendo observadores constantes de nossas reuniões, estavam curiosos.

E o Bob não se fez de rogado, lá se foi... dialogar e fotografar a inesperada visitação...

Também a nossa câmera flagrou o momento descontraido do nosso amigo australiano, vejam nas fotos.

Depois tivemos uma palestra sobre o Projeto Uruçus Amarelas, já em ampla sala, interna, onde se fizeram as projeções das imagens das colmeias, em várias fases, do Projeto Uruçu Amarela.

Belas fotografias, sempre comentadas pelos participantes e com perguntas dos mais curiosos, incluindo nestes, o Bob, que chegou a visualizar realeiras em vários potes de mel.

Realmente as formações tinham aparência de realeiras, mas são apenas acúmulos residuais de cera, em forma de bico, formação sempre encontrada nos potes das uruçus amarelas.

FINALMENTE FOMOS PARA A PENÚLTIMA ETAPA PROGRAMADA: O concurso de mel.

Daí, novamente, demos trabalho braçal ao "reluzente" Bee-Man , com seu colete australiano, cheio de imagens de abelhas, discos, ninhos, entradas etc, tem de tudo naquele colete...

Um belo enxame de uruçus amarelas, cheio de potes de mel, que seria colhido pelo ilustre visitante, o Bee-Man e assim colheu rapidamente um vidro de 250 gramas do precioso mel. O Bob contou os potes onde retirou mel, 26 no total.

Então ja estavamos com todas as amostras de méis necessárias para o concurso, e assim os méis foram posicionados em mesas, com a mesma identificação na célula de julgamento, também nos anexos.

Ligeira explanação de como deveríamos desenvolver a degustação e por meia hora divagamos entre os potes de méis, cada um de nossos juízes (participantes) provando e fazendo exclamações de satisfação e os inevitáveis comentários: "hum...", "este é delicioso...", "uma acidez no ponto certo...", "este tem um gostinho de quero mais", etc, etc..., comentários que em concursos oficiais são terminantemente proibidos, mas não neste , onde fazíamos uma gostosa festa entre amigos...

Finalmente foi feita a apuração do resultado, sagrando-se Campeão o mel de uruçus nordestina, trazido pelo Flavio Geo, do sertão de Pernambuco. O mel de mandaçaias, colhido pelo Bob, ficou em segundo lugar, realmente este estava com uma deliciosa acidez, que, no meu paladar, ficou em primeiro lugar.

A melhor fase, o próximo passo do concurso: cada um iria degustar o mel que apontou como o melhor, cobrindo um delicioso queijo catupiry. E assim foi feito.

Finalmente sorteamos entre os presentes as sobras os méis que foram a julgamento, uma total satisfação.

A última etapa programada foi a distribuição de colméias da AME-RIO, do Projeto Mandaçaia, o único que quis receber suas duas colméias, neste dia, foi o Dr. Sérgio Magarão, ex-reitor da Universidade do Rio de Janeiro.

Foram feitas as despedidas e todos se foram... torcendo que, chegue logo o nosso próximo encontro.

O Bob ainda recebeu um vidro do delicioso mel de mandaçaias que colheu e foi levado de volta ao hotel por nossa associado José Winckler, que prometeu acompanhá-lo até um shopping, pois ele pretendia comprar um novo carregador para seu notebook.

Abraços a todos,

Pedro Paulo Peixoto






























segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Austroplebeia australis

A abelha sem ferrão Austroplebeia australis é exclusivamente australiana e habita desde a costa mais ao norte da Austrália, até bem abaixo no interior de New South Wales. Mais perto da costa a Trigona domina, e elas se sobrepõem, mas no árido interior ela reina suprema. Parece capaz de viver em áreas muito secas e de extremas temperaturas, mas não parece regular a temperatura dos seus ninhos. Muitas vezes escolhe árvores muito pequenas e, aos nossos olhos, de péssima qualidade para construí-los, no entanto ela sobrevive a temperaturas abaixo de 0º C e acima de 40º C. Ela não trabalha se a temperatura estiver abaixo de 20º C ou se estiver ventando muito, ou se o tempo estiver para chuvas. Mais importante, se não houver uma boa fonte de néctar ou pólen ao alcance não vai gastar energia procurando. Ele parece saber quando as plantas são dignas de trabalho em suas áreas e nesses momentos trabalha muito duro. Em outros momentos, pode ser difícil de se ver mais do que uma abelha ocasional deixando a entrada. É muito seletiva nas plantas em que busca o néctar e o pólen. Elas são muito diferentes de nossas Trigonas no comportamento, fascinantes de observar, bem características. Eles são muito tímidas e quando olham para fora da sua entrada discreta e vêem alguém, voltam para dentro. Este estilo de vida permite que individualmente as abelhas Austroplebeia australis vivam em média 6 meses, muito mais do que as nossas Trigonas.
Elas têm a prática incomum de fechar a sua entrada a cada noite com uma parede de resina. Não é sólido, mas é feito de partes que permite a passagem do ar. Na parte da manhã a medida que o dia esquenta, elas gradualmente abrem a entrada e armazenam o material utilizado para a porta na parede do seu tubo de entrada. Em um dia frio ou úmido o tubo permanece fechado.


TRANSFERÊNCIA DE COLÔNIA
Segue uma descrição da transferência de uma colônia de Austroplebeia de um tronco oco resgatado de um local de desmatamento em um dos muitos projetos de caixas utilizadas aqui. Depois, há algumas fotos de uma caixa muito diferente e inusitada que permite que a colônia seja dividida verticalmente. Serve muito bem a essas abelhas, a sua estrutura de ninhada é muito imprevisível.
Esta é a colônia no tronco oco. Vocês podem ver pelo tamanho das mãos, que é muito longo e fino, talvez sete centímetros de diâmetro no interior da cavidade e 1,2 m de comprimento. Como havia poucos depósitos de mel com a colônia, esta é provavelmente apenas uma parte da colônia. O resto pode ter sido perdido no resgate ou foi decidido não trazer os depósitos de mel. Eu já os vi com mais de 2,5 m de comprimento em toras com depressões estreitas.
A foto acima mostra a estrutura do ninho da Austroplebeia australis e como ele estava no tronco, bem menor que a média, por sinal. Quando transfiro essas colônias para uma caixa, sempre uso uma lona ou um pano, de modo que tenho uma boa chance de encontrar a rainha. A rainha é muito difícil e pode se esconder em seu próprio ninho em rachaduras dos troncos ou deixar o ninho junto com as outras. A procura também é feita por rainhas virgens para aumentar as chances de sucesso. Nós encontramos a rainha, nesta transferência, ela estava se escondendo em uma fenda no tronco.
Acima vemos algumas áreas de depósito, principalmente de pólen no presente caso. Cada célula tem apenas um centímetro de diâmetro. O mel é o de melhor qualidade de todas as nossas abelhas sem ferrão e pode ficar muito próximo do mel de Apis em suas características,  mesmo na densidade, o que é incomum para as abelhas sem ferrão. Talvez isso se deva à escolha do local para o ninho. Eles estão freqüentemente localizados em troncos secos de árvores, muito longos e em áreas muito secas o que torna a atmosfera muito seca.Talvez o ar quente subindo através dos galhos ocos faça secar o mel? Parece que as abelhas escolheram construir seu ninho em seu próprio desumidificador. Se A australis estiver forrageando na mesma árvore que as Apis forrageiam, como o “Yellow Box (Eucalyptus melliodora)”, que dá origem a um de nossos melhores méis, o mel resultante pode ser quase indistinguível do de Apis fisicamente mas, ainda têm aquele algo especial que apenas o mel das abelhas sem ferrão podem proporcionar. De todas as nossas abelhas sem ferrão a Austroplebeia é a que usa menos resina em suas construções, por isso a fonte da resina tem um efeito mínimo sobre o sabor do mel. Devido ao pequeno tamanho de cada célula, seria muito lento fazer a colheita através de métodos de sucção e ainda estamos a testando esse método aqui na Austrália. As células de mel freqüentemente se desenvolvem de uma forma que ficam grudadas ao exterior das células mais antigas, mas são muito frágeis quando novas.
Agora vemos o ninho sendo removido gentilmente do tronco aberto. O tronco havia sido previamente cortado com uma serra circular (e parece que as partes foram fechadas novamente) antes da demonstração de modo que somente um trabalho simples de corte foi feito durante a demonstração. Pela primeira vez eu estava observando e fui capaz de tirar fotos sem mel e resina em meus dedos e na CÂMERA.
Esta é uma foto posterior da colônia transferida para uma caixa, com um painel de inspeção. A foto foi tirada através do painel “transparente” e eu fui incapaz de evitar os reflexos. O ninho foi colocado na base de uma caixa cúbica, que tem  cerca de 15 centímetros de lado e de altura, junto com as melhores pedaços dos depósitos de mel e pólen. Há um telado no fundo para ajudar as abelhas se ocorrer algum derramamento de mel na transferência ou mais tarde em caso de um colapso da colônia pelo calor ou falha estrutural.

DIVISÃO DE COLÔNIA
A próxima parte da demonstração foi uma divisão de uma colônia da abelha em um tipo muito diferente de caixa. Esta caixa foi desenvolvida por um dos meliponicultor aqui do sudeste de Queensland, chamado Alan Waters, e é bastante engenhosa. Eu acho que funciona muito bem para a estrutura de ninhos que é mais comum com esta abelha, provavelmente o melhor desenho de nossas caixas, que eu já vi.
Acima visualizamos a colméia vazia e a estrutura interna de apoio da colônia e que torna a sua divisão previsível e segura.
Aqui já vemos uma colônia bem estabelecida no espaço disponível, onde  a área de crias se desenvolveu em forma de bola. Quando a caixa foi "dividida" a maior parte ficou em um dos lados, depósitos de mel e pólen podem ser vistos em torno das bordas e cantos do ninho.
Enquanto observava a menor parte da colônia, tentando avaliar se tinha alguma célula real e se tinha prole suficiente para garantir seu sucesso, tive a sorte de avistar a rainha. Mesmo que essa parte tenha menos crias, tem a rainha assim tudo vai ficar bem.
O próximo passo é adicionar novas metades vazias à cada uma das seções divididas da colônia. As duas seções são unidas quando a tampa é fechada com os parafusos, depois as barras de metal são fixadas nas laterais garantindo a junção correta das partes. Os painéis de inspeção também são divididos em duas metades. Este projeto de caixa necessita de boa precisão em sua construção de modo que as duas metades se encaixem muito bem entre si e de forma segura, para impedir a entrada das nossas duas principais pragas, moscas Syrphidae e é claro forídeos. Este último normalmente entra através da entrada de colméias enfraquecidas ou perturbadas, mas os sirfídeos são uma preocupação especial nesta fase. Estas moscas colocam seus ovos na parte externa da caixa, em uma fenda. Os ovos eclodem e as larvas minúsculas fazem seu caminho para o ninho onde elas podem rapidamente destruir uma colônia, se as abelhas não os detectarem rapidamente. A defesa contra eles é muito difícil. A junção bem apertada e selada é o melhor caminho.
Um comentário final sobre essa abelha é que a maioria das pessoas que as mantêm supõe que têm uma pequena colônia e só precisam de uma pequena caixa. Os registros históricos mostram que estas abelhas foram encontrados pelos primeiros colonizadores, com grandes quantidades de mel, eu os vi com estruturas de ninho muito grande, muitas vezes maiores que os exemplos mostrados nestas fotos. Devido à qualidade do mel, é a abelha que eu mais gostaria de usar para produzir o mel, mas é preciso haver uma forma de incentivar uma massa consistente de crias, visando conseguir uma grande quantidade de forrageadoras para produzir todo o rendimento de mel de que são capazes. Talvez seja genética e seleção para essa característica, talvez seja o projeto da caixa. Eu duvido que nós possamos produzir boas colheitas de mel com uma colônia em uma pequena caixa. Temos muito para aprender, tanta coisa para aprender. Eu tenho um amigo em Tara, com 450 colônias dessas abelhas, e pela primeira vez, ele levou algumas colônias para fora, para uma área onde duas boas espécies de eucalipto estavam florescendo. As espécies eram Tumbledown e Red River. Ambas produzem um bom suprimento de pólen e grande quantidade de néctar. As abelhas poderiam ser colocadas junto das árvores, portanto, não precisariam voar para longe. Vamos ver como elas vão se comportar. Foi um ano muito ruim para o sudeste de Queensland para o pólen nesta temporada por causa dos eventos de chuvas muito freqüentes. Isto está fazendo com que todas as operações das abelhas sem ferrão fiquem mais difícil do que o habitual, mas esperamos que esta primeira tentativa de mudar as abelhas para uma fonte de mel, como as Apis, mostrará se isso pode ser feito.

Bob the Beeman

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Spathodea campanulata, por Bob the Beeman


Primeiro, OBRIGADO pelas boas vindas e as palavras amáveis dos brasileiros . Eu espero que eu possa atingir suas expectativas. Eu estou estudando sua lingua há muito pouco tempo e é bastante difícil escrever numa língua nova.

Segundo, algumas palavras sobre mim. Eu estudei ciências agricolas na universidade de Queensland e trabalhei por sete anos com computadores e nutriçao de suinos.  Em seguida, eu me integrei na criaçao de suínos e de gado. A fazenda tinha 200 hectares e eu também fiz culturas de grãos. Eu tenho abelhas há cinqüenta e quatro anos. Poucas, no inicio mas agora eu tenho 100 colônias.

Minha filosofia é a de conserar o nossa planeta e sistemas  de vida surpreendente. Os seres humanos fazem muito dano em nome do progresso. Eu posso ajudar um puco apenas na minha área.
Um dia, eu espero vir a saber das abelhas brasileiras, para obter o conhecimento de seus cientistas e, especialmente, para absorver a grande sabedoria dos melipicultores, que têm  mantido as abelhas durante muitos anos. Eles adoram as abelhas como eu amo as minhas, eles vêem tudo o que a abelhas fazem, e aprender a  dar e compreender.  Dando esse conhecimento para uma nova geraçäo de melipicultores  é  uma parte especial do Abena.

Preciso trabalhar muito duro para ser capaz de falar português para ser capaz de aprender corretamente das brasileiras abelhas. Agora eu tenho muito trabalho ainda a fazer, o meu discurso é muito pobre e eu  ainda preciso de muita prática. Eu preciso de muitas ajudas para escrita e é muito lento. Vou continuar trabalhando


Hoje eu escrevo sobre SPATHODEA CAMPANULATA na Austrália.


Aqui na Austrália, foi utilizando no paisagismo, mas ele escapou. Agora a ávore é uma erva daninha ambiental. Não pode ser vendido mas é em muitos estaleiros e ruas. Eu vejo muito em Brisbane.

Eu leio, eu google, eu peço mas ninguém diz que é venenoso para as abelhas.  Eu acho uma árvore em Buderim que pode atingir as flores para tirar fotos.  As flores são muito bonitas com muitas flores e botões.

Nossas Trigonas gostar as flores e elas vêm em grandes numeros.

Eu leio que o néctar e secreções das plantas são tóxicas, um debate sobre o pólen.

Uma abelha recolhe o pólen, outras bebe secreções das plantas. As abelhas não são os polinazadores. Em
África em morcegos e pássaros são polinizadores.

Esta foto mostra duas abelhas, Trigona, em uma flor. Um ainda está apenas vivo, suas pernas estão retrocedendo. A flor mata rapidamente e é a flor seca. As abelhas não se afogar. 

Outros insectos também morrem na armadilha, mas por??? Eu procuro google.com.br por muitas horas e encontro um artigo de inglês. Eu estava agradecido

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71082000000300019&lng=en&nrm=iso%20&tlng=em

Obrigado aos pesquisadores brasileiros para uma explicacão. A flor libera pólen dias antes que possa ser fertilizado.Geralmente os morcegos vêm quando o néctar é liberado, mas as abelhas encontrar o pólen quando ele for lançado. Eles vêm para roubá-lo cedo.  Defende a flor com um veneno.  Talvez na África as abelhas aprenderam a não visitar as flores.
Há muito mais para ler, entender, compreender e fotografar
Na Austrália eu trabalho para remover o Spathodea campanulata maior número possível e dizer as pessoas que é venenoso para nossas abelhas sem ferrão.


Thankyou

Bob Luttrell



Nota do Redator: O Bob Luttrel é australiano, apaixonado por Abelhas sem Ferrão e está aprendendo português para aprender mais sobre elas. Este texto foi totalmente escrito em português pelo Bob, apenas, nos dois primeiros parágrafos, o redator consertou algumas expressões para melhor entendimento.