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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O dia do ataque das iratimongas

Amigos da AME-RIO e Internautas,


Ontem, na lista do grupo Abena, um amigo nosso nos brindou com uma belíssima crônica. 
O Sigfrid expôs com absoluta realidade e de maneira tão compreensível os flagelos que as iratins causam. Só mesmo um professor de português e meliponicultor experiente poderia fazê-lo de forma tão clara e elegante.
Pensei em fazer a inclusão dessa matéria no BLOG da AME-RIO, para que fique eternizada esta bela aula-relato, principalmente por ser completa, inclusive as dicas finais.
Felizmente, essa postagem contou com a autorização do Sigfrid. No final ele apresenta uma ótima dica para não acontecer com  vocês, o que aconteceu no meliponário dele. E eu vou incluir algumas imagens, para que vocês conheçam essa praga.

Parabéns Sigfrid,

Pedro Paulo Peixoto

EX-Presidente da AME-RIO


O dia do ataque das iratimongas 

Era uma vez um pequeno reino meliponárico chamado Caixinhas de Ouro, formado de diferentes nações, como as guaraipevas, as mirinocas, as tubuneiras, as jataíscas, as tujubebas, entre outras, que habitavam o lugar pacificamente. 

Diz  a lenda que no ano de 2011, no dia 24 de enero, o povo da tribo mandaçaia  saiu de Mandaçaistan para patrulhar a terra. Eram homens valentes, guerreiros que, não tendo muito tino romântico, foram procurar diversão em outras pairagens. 

Chegaram a Tujubalândia, onde viram umas meio loiras, meio ruivas lindas de morrer. Então quiseram possuí-las à força. Mas as loirinhas ruivas eram valentes guerreiras também, e não permitiram a sua entrada. Primeiro elas tentaram só argumentar, mas isto não resolveu. Então, vendo que não haveria outro jeito, sacrificaram uma pobre donzela, colocando-a como obstáculo de entrada.

O dia estava nervoso. E esse nervosismo foi passado por toda a terra. Parecia um dia realmente tenebroso. Forças ocultas pareciam incitar a revolta. Os mandaçaianos, por possuírem o 6º sentido, iniciaram um alerta cósmico, e a revolta estava armada. Centenas de guerreiras circulavam o ar em seus voos rasantes e cheios de piruetas.

O sr. do reino, vendo o alvoroço, foi verificar o que havia. Com sua mão poderosa, tirou a aldeia de Tujubalândia de seu lugar. Insatisfeitos com este gesto, os guerreiros e as guerreiras mandaçaianos foram até a aldeia mais próxima, também habitada por loiras ruivas.
Parecia que queriam fazer a mesma coisa ali. 

Então o senhor do reino se deu conta de que um inimigo estava tentando levar à morte o seu bem precioso. A escuridão se aproximava! Ele então pegou um graveto e fechou a entrada da aldeia, e saiu por uns 2 minutos.

Quando retornou, a escuridão havia chegado em forma alada. Centenas de anjos caídos tentavam invadir e apossar-se de tudo o que havia naquela jovem aldeia. Eram as iratimongas.

Uma a uma, o senhor do reino acertou contas com as invasoras. Achou-as culpadas e condenou-as ao esmagamento.

Passada esta etapa, o senhor do reino pensou que as demais se arrependeriam e não atacariam de novo a um povo inocente. Mas......... não foi assim. As iratimongas reuniram outro exército e atacaram com mais ímpeto. Atacaram até o senhor do reino, tentando intimidá-lo. Novamente a sentença de cada uma delas foi a morte por esmagamento.

Não obstante a tudo isso, foi realizado o 3º, o 4º e o 5º ataque, todos tendo o mesmo fim.

Cai a noite devagarinho! Lá dentro, abrigadas do perigo, as loiras ruivas tujubebas respiram aliviadas. A aldeia vizinha é devolvida ao seu lugar.

Sorrateiro, um novo inimigo se aproxima. É sagaz, esperto e conhece o ponto frágil da aldeia atacada. Quer entrar a todo custo, mas não consegue, pois a entrada está fechada. Frustração para os mercenários. São foridenses, aproveitadores da desgraça alheia. Mas desta vez, não puderam entrar.

No dia seguinte, os machos valentões queriam novamente procurar alguma prostituta entre as loiras ruivas. Lutaram contra elas, e o senhor do reino teve de intervir de novo. Mas pelo menos desta vez as iratimongas não apareceram.

Sigfrid Fromming
Rio do Sul - SC


DICA: não esmague as iratins na cx que está sendo atacada. O cheiro é tão forte que fica lá e o forídeo sabe muito bem como tirar proveito disso. Se eu não tivesse fechado a cx, ela estaria completamente infestada de forídeos.
O ideal seria tirá-la do lugar, colocar outra e só então esmagar. Ou então capturar, aplicar extermix e soltar as iratimongas....

Uma operária Iratim (Lestrimelitta limão)
Uma Iratim em flor de Mutre
Ninho de Iratim

2 comentários:

  1. Boa tarde eu sou amante de abelhas quanto com ferrã como as sem tenho europa, jatai mirin e uma que eu acho que e iratim gostaria de mandar foto para me ajudar a descobrir se e ou não.

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  2. Olá Bob,

    Por favor, envie a foto, anexa a uma mensagem para redator@ame-rio.org.

    Obrigado,

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