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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mirei em uma abelha e acertei no IBAMA

Vasculhando a internet acabei me deparando com o texto abaixo, em uma página do IBAMA do ES.

A informação e a lógica utilizada no texto deixa claro o quanto o conhecimento sobre as abelhas sem ferrão precisa ser difundido . Mas um conhecimento bem fundamentado e correto, para isso devemos investir nas crianças, para que elas cresçam sem vícios, inclusive, vícios culturais.

Nos meandres da informática, uma informação divulgada dificilmente pode ser totalmente retirada.
O interessante é que dependendo como seja feita a busca, o texto abaixo pode aparecer como está ou em uma versão corrigida sem o trecho grifado. Eu dei a sorte ou o azar de achar esta versão primeiro, em minha busca, e ficar admirado a ponto de fazer esta postagem. 


Quem entende um pouquinho de abelhas sem ferrão, pode perceber que a pessoa do IBAMA que fez essa postagem, não conhece nossas abelhas nativas sem ferrão e nem sabe que são centenas de espécies e não uma "toda preta".

Medina

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Vitória (10/07/08) - Na tarde de ontem, fiscais do Ibama de Vitória/ES foram até a exposição de animais domésticos e exóticos, realizada em um supermercado da cidade, e verificaram que não existia autorização do Ibama para a fauna silvestre exótica estar exposta no evento.
Os responsáveis pela exposição foram advertidos pelos fiscais que suspenderam a exposição da fauna exótica. Apenas os animais domésticos continuam no evento. Os analistas ambientais do órgão informaram que os responsáveis pela exposição já tinham sido notificados de que não poderiam expor os animais silvestres exóticos sem a devida autorização do Ibama. A criação comercial de animais silvestres exóticos é controlada pelo instituto, pois caso a população desses animais cresça desordenadamente o impacto ambiental pode ser gravíssimo. Alguns tipos de animais exóticos são predadores da fauna silvestre. Em outros casos, o cruzamento de duas espécies pode acabar com as espécies que o geraram, como por exemplo, a abelha encontrada comumente no Brasil, denominada africanizada. A abelha silvestre brasileira original é toda preta e não possui ferrão, a que encontramos hoje é denominada africanizada, pois é uma espécie híbrida. Há também a possibilidade do animal silvestre exótico se tornar portador de doenças e causar danos a vidas humanas. Por isso o Ibama controla toda criação comercial de fauna silvestre exótica e exposição desses animais. Caso a fauna silvestre exótica seja exposta sem a devida documentação, os animais serão apreendidos e os responsáveis multados. Apenas animais considerados domésticos podem ser expostos e comercializados sem a autorização do órgão.
  Luciana Carvalho Ascom Ibama/ES

4 comentários:

  1. É triste saber que as autoridades que se dizem competentes para esse tipo de situação, chegar a tal ponto da falta de conhecimento sobre nossas estimadas abelhas sem ferrão!

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  2. É inacreditável que uma pessoa tão despreparada esteja desempenhando uma função de tal porte e que se atreva escrever sobre o que desconhece. O incidente que originou a africanizada não foi cruzamento entre duas espécies e sim entre duas subespécies de uma única espécie, neste caso a Apis melifera. Desta forma, a africanizada não é um híbrido. E mais, neste caso não houve envolvimento de espécie brasileira, já que a dita “original” é de procedência européia e a segunda trazida do continente africano.

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  3. Daqui a pouco eles vão dizer que na verdade as abelhas nativas são as apis meliferas da subespécie italiana, haja vista ter sido as primeiras a serem introduzidas no Brasil.
    Mas isso acima não é novidade, basta ler o RISPOA (Regulamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) para ver o quanto eles literalmente são despreparados. Lá diz que mel é somente o produto originário das abelhas apis melifera. E o mel das nossas abelhas nativas é o que, rs? Garapa?...

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  4. Mesmo na Abena eu cansei de ver gente velha na criação diagnosticar espécies de forma absurdamente errônea, agora imagina uma pessoa que tem trocentas espécies silvestres sob sua responsabilidade. O fiscal talvez conheça algumas espécies de aves e répteis mais comumente contrabandeadas, mas quando a coisa aperta, se ele desconfiar, vai pedir a ajuda de um especialista. Mas eu acho que o IBAMA deveria voltar mais os olhos para as abelhas nativas, uma vez que estão cada vez mais em moda e lamentavelmente as pessoas estão buscando abelhas de outras regiões e que podem impactar gravemente populações de outras espécies locais.

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