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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Manual Tecnológico - Mel de Abelhas sem Ferrão

Amigos da AME-RIO e Internautas,


Esta semana bateu em nossa caixa de e-mail, uma mensagem do amigo Jerônimo Kahn Villas Bôas, do Meliponário Massapê, de João Pessoa, na Paraiba. A mensagem enviada pelo Jerônimo dizia:

Car@s,

É com grande alegria que compartilho com vocês o link para download do Manual Tecnológico - Mel de Abelhas em Ferrão.

A publicação foi conquistada com apoio do ISPN (Instituto Sociedade População e Natureza)  e reflete parte da diversidade de saberes e práticas associados à meliponicultura no Brasil.

http://www.ispn.org.br/categoria/editais-e-documentos/publicacoes/

Atenciosamente,

Jerônimo

É claro que eu fui atrás e me deparei com um ótimo manual de meliponicultura, com uma linguagem clara e concisa e com um conteúdo bastante denso, além disso tem ótimas fotografias, nada melhor que uma boa imagem, para um bom entendimento. Aconselho a todos os amigos que baixem esse manual e o leiam com bastante atenção.


Eu não tinha nenhuma foto do Jerônimo, para mostrar para vocês e por isso resolvi colocar aqui uma meia foto que encontrei na Facebook dele e uma outra, também recortada dali, em que ele aparece de perfil, mais parece que está cochilando. Se ele não gostar dessas fotos, que me envie outras que eu troco. 


Jerônimo Kahn Villas-Bôas é Ecólogo, formado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), campus Rio Claro. Atualmente é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvmento e Meio Ambiente (PRODEMA), da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, tendo vasta experiência na área de Ecologia, Biologia e manejo de Abelhas, em especial "Meliponicultura e caracterização do mel de abelhas sem ferrão". 

Atualmente, Jerônimo é o Coordenador de Estudos Ambientais (CEA) da Superintendência de Administração do Meio Ambiente - Sudema da Paraíba.

Eu tomei a liberdade de copiar algumas páginas do manual para vocês

A capa nos mostra uma bela rainha, em cima de um disco de cria.
Clicando na imagem, você poderá fazer o download do manual.

 A equipe que criou  o manual

O conteúdo... continua..

O contéudo

Vou mostrar também algumas imagens de entradas de abelhas sem ferrão, que aparecem no manual, dá para ver a abelha vigia de cada colônia. São fotos tão bonitas que não resisti e resolvi reproduzir.

Tiúba do Maranhão (Melipona fasciculata)

Uruçu Nordestina - (Melipona scutellaris)

Uruçu amarela do Pará (Melipona flavolineata)

Jandaíra (Melipona subnitida)

Jandaíra do Amazonas (Melipona fulva)

Tiúba (Melipona compressipes) - Mato Grosso

Abelha Rajada (Melipona asilvai)

Agora as páginas de fechamento do Manual:


O Site da AME-RIO foi incluído na relação de sites onde se pode buscar informações confiáveis sobre biologia e manejo de abelhas sem ferrão. Isto muito nos lisonjeia, mas aumenta em muito a nossa responsabilidade, ao postar matérias nesse site.

Obrigado ISPN

Se você ainda não baixou esse manual, clique na imagem acima para ampliar seus horizontes.
Para encerrar, vou colocar mais algumas imagens de entradas de abelhas, retiradas do FlickR do Jerônimo Villas Boas.

Entrada da Melipona dúbia

Entrada Melipona nebulosa

Entrada Melipona seminigra


Entrada Melipona fulva

Espero que vocês tenham gostado do Manual e das imagens do Jerônimo, eu, com certeza, gostei e muito.

Um abraço para todos e um muito obrigado ao Jerônimo Villas Boas, por partilhar esse manual conosco.

José Halley Winckler
Meliponicultor  - Registro Ibama - 3716612
Criador conservacionista da fauna silvestre nativa
Rio de Janeiro

terça-feira, 30 de novembro de 2010

RITA, O SEU ENXAME DE SCUTELLARIS, COM 8 DIAS, JÁ ESTA COM DISCO DE POSTURA

Abenautas e Associados da AME-RIO,

Fico feliz de poder dizer que todos os enxames feitos pelos nossos alunos, apresentaram discos de postura com menos de 10 dias.
Este enxame da foto foi realizado domingo passado, feito pela Rita Mello, cujas fotos já foram postadas nesse blog.
Hoje, 8 dias passados, já lá se vê um belo e pequeno disco de postura.
Tambem é notável a recuperação da caixa-mãe, até os potes de mel que foram esvasiados e encheram 2 vidros de 200 ml, ja estão novamente cheios, e o enxame mãe não foi alimentado, só lhe foi dado 2 armadilhas contra forídeos.
Dizem que o professor é sistematico, mas os resultados são excelentes e é o que mais importa.
A caixa inteligente, muitos a criticam por não a usar, nem a conhecer, mas eu mostro o quanto é prática, portanto os iniciantes tratem de aprender meliponicultura e usem a caixa, realmente, não é a caixa inpa, que mesmo que não entendendo as vezes dá certo. Já a caixa inteligente é excelente pra quem é melipolinicultor.
Vejam: nós toda hora mostramos o mel sendo retirado etc, etc, não vejo por aí tanta facilidade....

Pedro Paulo Peixoto
Presidente da AME-RIO




terça-feira, 11 de maio de 2010

ALIMENTADOR COLETIVO - EFICIENTE E BARATO, FÁCIL DE FAZER.

Abenautas e Internautas,

Estarei usando neste inverno estes alimentadores, são eficientes e muito práticos, usem e abusem.... vocês vão gostar e suas abelhas também.

ALIMENTADOR EM USO

CORTE O FUNDO DE UMA GARRAFA PLÁSTICA, 
PODE SER DE 1 OU 2 LITROS

FAÇA UMA JANELA DRENO, DA ALTURA DA LÂMINA QUE DESEJA, 
EU DEIXEI 4MM

VIRE A GARRAFA JÁ SEM FUNDO E BEM FECHADA,
COLOQUE O XAROPE

TAMPE COM O PRATO QUE QUIZER, 
SOBRAS DE BEBEDORES DE AVES OU PINTOS, COMO OS DA FOTO.
PRATOS DE PLANTAS PRETOS DE QUALQUER TAMANHO, ETC. 
DAÍ É SÓ VIRAR RÁPIDO
COLOCAR EM VÁRIOS LOCAIS DO MELIPONÁRIO. BOA SORTE


VEJA A EFICIENCIA DESTE ALIMENTADOR COM GARRAFA PET

ALIMENTADOR NO PRATO PRETO USADO EM VASOS COM PLANTAS. 
USO TAMBÉM PALHAS, FACILITANDO O POUSO E QUE NÃO SE MOLHEM. 
PROFUSÃO DE ASF: URUÇUS NORDESTINAS, JANDAÍRAS , MANDAÇAIAS, PARTAMONAS


AS VEZES ACONTECE,
CENTENAS DE TATAIRAS INVADEM UM ALIMENTADOR COLETIVO. 
TODAS AS OUTRAS ASF FOGEM.... 





sexta-feira, 12 de março de 2010

Uruçus Híbridas ou Parasitismo Social

O nosso amigo Marco Pignatari, do Meliponário Abelha Brasil e vice-presidente da nossa congênere - AME-SAMPA, enviou há alguns dias uma mensagem para o Grupo ABENA, que achei bastante curiosa, e resolvi transformá-la em um post, principalmente pela beleza das imagens e pelo possível interesse que o assunto venha a despertar.

Vamos ver a mensagem enviada pelo Marco:

"Tenho uma colônia aqui, que era uruçu-verdadeiro pura, Melipona scutellaris, e de repente começaram a apareçer uruçus-amarelo, Melipona rufiventris, dentro desta colônia". 



"Não sei se estão hibridas a ponto de dizer que estão transformadas, pois o que vejo são as amarelas e as verdadeiras juntas e com a aparência de sempre".







Pode ser que com olhos mais treinados alguem veja alguma diferença, mas eu não arreparei, rsrsrs




"Parece, é que a rainha pode ter sido fecundada por dois machos, um das verdadeiras e um das amarelas". 



"E faz postura, tanto de uruçus verdadeiras puras, como de uruçus-amarelo, que podem estar meio diferentes, mas eu mesmo não me atentei bem aos detalhes".



"De mais de 100 colônias divididas só aconteceu com esta, então não vejo motivo para preocupação e olha que as minhas abelhas vivem lado a lado".

"Abraços e tudo de bom"






Já o Henrique Cardoso Ribeiro, meliponicultor experiente e também integrante do grupo Abena, respondeu indicando ao grupo uma fonte de consulta:

"A respeito desse assunto, pode ser interessante a leitura do trecho que destaco a seguir do livro do mestre PNN:"

"O parasitismo social temporário, um caso de substituição de rainhas
Leonardo da Senhora das Dores Castello-Branco (1845 p-56) pioneiro pesquisador e divulgador da criação de abelhas indígenas na Federação Brasileira, ao discursar sobre as abelhas da "Província do Piauhy no Império do Brasil", referiu-se também à URUÇU AMARELA (hoje classificada como Melipona rufiventris). Segundo esse autor, entre outras características, essa abelha se apodera "... e em boa paz, do cortiço das tiubas mais mansas, ou menos expertas, as quais sofrem os roubos da sua hóspede por algum tempo, mas finalmente desconfiam e tomão o partido de se irem embora." (TIÚBA = Melipona compressipes). 

Tive ocasião de verificar, em Luziânia (GO), que em duas de minhas colônias de URUÇU NORDESTINA {Melipona scutellaris), em diferentes ocasiões havia, pacificamente integradas nessas colônias, um certo número de exemplares de URUÇU AMARELA. No primeiro caso a colônia estava fraca e pereceu. No segundo caso, também a princípio as abelhas da espécie URUÇU AMARELA eram poucas, mas depois se tornaram as únicas abelhas de uma forte colônia. A minha interpretação é a seguinte. Uma rainha nova, fecundada, de URUÇU AMARELA (nesse caso, Melipona rufiventris rufiventris) certamente invadiu a colônia, medianamente forte, de URUÇU NORDESTINA. A rainha invasora, agindo solitariamente, teria colocado o seu feromônio real sobre a rainha da URUÇU NORDESTINA. Em conseqüência, as próprias operárias Melipona scutellaris provavelmente mataram a sua rainha e adotaram a rainha invasora Melipona rufiventris. 

Essa substituição interespecífica de rainhas ocorre em certas formigas e foi denominada por William M. Wheeler (1910 pp.213-215) de "parasitismo social temporário." E temporário porque depois a colônia se torna totalmente composta por indivíduos da espécie da rainha invasora. O mesmo acontece com duas espécies de Bombíneos. Rainhas de Bombus terrestris "freqüentemente" invadem os ninhos de B. lucorum, matam a rainha dessas colônias e a substituem, segundo F. W. L. Sladen (1912 pp.57-58). Segundo Vera L. Imperatriz-Fonseca (1977 pp.174-175) na MIRIM DA TERRA {Paratrigona subnuda), uma rainha virgem da mesma colônia excreta uma substância atrativa para as operárias e a deposita sobre o corpo da rainha poedeira. Depois as operárias matam a rainha poedeira, cortando-a em pedaços."

UGA

Henrique"

O mestre João Pedro Cappas e Sousa, ao analisar as imagens, disse acreditar que o fato possa realmente caracterizar um hibridismo e não substituição de rainha, pois ele notou a presença uruçus amarelas de  diversas idades, o que mostra que devem estar nascendo nessa colônia. Ele pediu uma maior observação para confirmar o nascimento de abelhas diferentes a um mesmo tempo, o que mostraria que a rainha acasalou com um macho de outra espécie.

Vamos aguardar.

Todas as imagens e as descrições desse post foram gentilmente cedidas pelo Marco Pignatari ou retiradas de troca de e-mails no grupo ABENA.