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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Teste da Caixa de Vermiculita - Primeira Revisão


Amigos da AME-RIO

Vocês devem ter acompanhado minha postagem de sexta-feira última, quando mostrei o povoamento, para teste, de uma caixa racional para criação de mandaçaias, construída com cimento e vermiculita:
http://www.ame-rio.org/2010/01/teste-da-caixa-de-vermiculita.html

Uma visão melhor da caixa utilizada pode ser encontrada em:

O passo a passo para construção de uma caixa dessas, pode ser acompanhada em:

Neste domingo eu fiz a primeira inspeção na caixa de vemiculita para ver como estava o desenvolvimento do enxame 3 dias depois da divisão.

As abelhas já tinham construído vários potes ( inclusive no plástico que coloco na porta e infelizmente tive que eliminar ) e tinha muito movimento.

A nota preocupante é que encontrei vários forídeos e vou precisar ter muito cuidado e inspecionar as armadílhas constantemente.

Carlos Ivan/RJ


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Teste da Caixa de Vermiculita

Amigos da AME-RIO,

Depois de tanto tempo que construí as caixas de vermiculita, neste feriado de 20/01/2011 (Feriado de São Sebastião - Padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro) eu resolvi colocar uma divisão de Mandaçaia na caixa de vermiculita (pintada de tinta acrílica por fora e verniz de batume de mandaçaia por dentro).
Eu vinha adiando por bastante tempo esse teste, porque eu não tinha enxames para dividir.
Acho importante fazer testes com esse tipo de caixa para podermos ver se é possível criar abelhas de forma racional nelas. Já temos caixas de vermiculita na sede da AME-RIO e com alguns sócios, em diferentes ambientes para comprovar, ou não, a viabilidade da criação.
Agora é esperar e acompanhar o desenvolvimento do enxame.

Carlos Ivan / RJ
Interior da caixa, pintada com verniz de geoprópolis.
Externamente a caixa foi pintada com tinta acrílica.
Discos para a divisão a formação da nova colônia.
Discos de cria posicionados,
Cobertos com placas de cera de apis misturada com cerume.
Isca para forídeos posicionada,
Isca junto aos alimentadores, também.
Caixa com um pouco de cerume na entrada.

Agora é só liberar as campeiras e deixar que entrem na caixa.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo e muitas abelhas em 2011

Amigos da Ame-Rio e Internautas,

Eu não podia deixar acabar o ano sem mostrar para vocês, mais uma vez, como vão as minhas divisões.
Estas próximas quatro fotos são de uma colônia de Uruçus amarelas (Melipona rufiventris), fruto de uma divisão feita no dia 04/12/2010, as fotos foram feitas na última terça feira, 28/12, portanto elas estão com 24 dias. A colônia mãe eu recebi da AME-RIO, através do projeto Uruçu amarela e devo devolver para a associação no final do próximo ano, espero conseguir fazer mais duas divisões antes de precisar devolvê-la.
O desenvolvimento da nova colônia parece ser excelente, afinal tem pouco mais de 3 semanas e só foi alimentada uma vez, no dia da divisão.

Muito mel, e algum pólem, para uma colonia em início de desenvolvimento.

Muita abelha, aparentemente já eclodiram todos os discos fornecidos e ainda deve ter campeiras que foram incluídas no dia da divisão. O maior problema vão ser os próximos 30 a 35 dias sem eclosões novas.

A entrada está sendo construída com carinho, provavelmente vai fornecer uma boa proteção para elas. 

Outra visão da entrada.

As próximas fotos são de uma divisão de mandaçaias (Melipona quadrifasciata quadrifasciata), também feita no dia 04/12/2010 e fotografada em 28/12, portanto também com 24 dias. Esta colônia não teve um desenvolvimento muito forte no início, inclusive aos 14 dias, estava com poucas abelhas e fizemos a transferência de campeiras de uma outra divisão que na época estava com 28 dias e não tinha vingado, nesse dia eu cheguei a visualizar uma princesa, mas ainda não havia postura. O invólucro também não estava com bom aspecto.
Agora o invólucro já está com ótimo aspecto.

Já foi iniciada a postura. Agora acho que vai. Vamos acompanhar e com mais duas semanas devo fornecer um pouco mais de campeiras.

As próximas imagens são das divisões que eu fiz no dia 21/11/2010 e também fotografadas no dia 28/12, quer dizer com 37 dias. Estão tão bem que já parecem colônias antigas, se continuarem assim vão ficar na elite de minhas colônias.
No dia 7 de dezembro eu fiz uma postagem, mostrando a primeira revisão das meninas, quando elas estavam com  14 dias, vocês podem rever essa postagem em: Revisão de divisões de mandaçaias. 

Essas abelhas, que vocês vão ver, só foram alimentadas uma vez, no dia seguinte a divisão. Podem não fazer uma entrada muito bonita, mas o que carregam de barro é brincadeira, felizmente também carregam néctar e pólem, vejam os potes repletos.  

Invólucro bem feito, muito mel e ...
... sete discos em 37 dias, pode parecer muito,...
... não, para quem tinha postura regular aos 14 dias e...
... e cinco discos aos 28 dias. 

Vamos a outra colônia, também de 21/11/2010, portanto também com 28 dias e também com alimentação só no primeiro dia.
Invólucro bem feito e depósitos de mel repletos,
Também com sete discos, só que o sétimo ainda é pequeno,
Ela também tinha uma bonita postura aos 14 dias,
Muito alimento aos 28 dias e ...
... uma postura excepcional aos 28 dias.

Vamos ver como ficou a outra divisão:
Aos 14 dias, ainda não tinha postura, mas já tinha bastante alimento,
Aos 28 se recuperou bem e estava com uma postura linda,
Aos 37 dias, com bastante alimento, invólucro fechado e ...
E cinco discos aos 37 dias, acho que está bom prá caramba.

A outra divisão eu já tinha dito para vocês que não deu certo e que acabei utilizando as campeiras e o alimento para auxiliar a divisão da caixa de vermiculita, que estava patinando.

Fiz também mais três divisões no dia 11 deste mês e no dia 28 tinha uma que estava muito bem e com dois discos de postura, já as outras ainda não apresentavam postura e praticamente todas as células já tinham eclodido, como tinham bastante alimento e uma boa quantidade de abelhas, eu resolvi reforçá-las fornecendo mais dois discos para cada uma, vamos ver nas próximas revisões.

Um abraço a todos e um Feliz 2011, com muitas abelhas e muito mel.

José Halley Winckler

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A melhor caixa... esse assunto vai longe...

Hoje em dia, cada vez mais um grande número de pessoas se envolve com a criação de abelhas nativas. Em todos os estados são formadas novas associações e grupos de meliponicultores. Mais e mais as abelhas ganham as nossas Universidades e Instituições de Pesquisas. Hoje o Brasil é referência em Meliponicultura, tanto no aspecto prático, quanto científico. E enquanto, cada vez mais, aprendemos sobre abelhas, tem uma pergunta que, cada vez mais, tem um número maior de respostas, quer dizer uma pergunta em que cada um escolhe a sua resposta.

Qual a melhor caixa para as minhas abelhas?

Os índios já as criavam em cabaças, troncos ocos e mesmo em vasos de cerâmica. Vieram os colonizadores eou copiaram os índios ou copiaram os cortiços que usavam para abelhas Apis. Depois os pesquisadores e práticos passaram a observar os ninhos na natureza e tentar aprender qual o seu tamanho ideal, em altura, largura, comprimento. E passamos a tentar reproduzir em madeira os ocos naturais, com suas reentrâncias e tudo, é claro que não era uma reprodução completa, pois para maior praticidade na fabricação precisávamos trabalhar com a madeira já aparelhada, e os ninhos que antigamente encontrávamos em cavidades semi-esféricas, passamos a instalar em "cavidades", cúbicas, - CAIXAS.
E cada criador passou a tentar aperfeiçoar a suas caixas, uns limitavam a altura, outros limitavam a largura da caixa, outros o comprimento. Então começaram a aparecer as caixas cúbicas ou quase cúbicas, as caixas que mais pareciam uma torre, outras caixas eram compridas, mas de baixa altura e pequena largura, tentando imitar um oco em galho horizontal. Depois tentaram separar área de postura da área de depósito de mel e pólem, depois resolveram subdividir as áreas de depósito, para facilitar a colheita e impedir as abelhas de fazerem potes colados sobre outros potes.
Depois resolveram dividir as caixas em várias alças ou seções, para facilitar a divisão do ninho e vai por aí, cada um mostra-se mais propenso a utilizar uma ou outra caixa, dependendo de qual o seu interesse com as abelhas, colher mel, colher cera ou própolis, colher pólem, multiplicar, observar as abelhas para pesquisa, utilizar para ensino de novos meliponicultores etc etc...
Temos uma quantidade enorme de espécies de abelhas, cada uma com a sua característica de tamanho do ninho e com relação ao forrageamento e armazenamento. Então cada espécie de abelha pode ter várias caixas, cada uma se adequando de uma forma melhor ou pior em relação as atividades que o meliponicultor pretende  exercer.
Depois passaram a se preocupar com a manutenção da temperatura no ninho e dependendo de cada região, um tipo de caixa ou um tipo de revestimento foi sendo criado. Hoje já temos tantos tipos de caixas e de revestimento que tem aqueles que dizem que cada meliponicultor tem a sua.
Pode até ser exagero, mas uma coisa eu tenho certeza, se cada um não tem a sua caixa, cada um já pensou em modificar um pouco a que está usando, para que ela ficasse mais adequada ao seu modo de trabalhar e aos seus interesses.
Mas esse papo todo é apenas um preâmbulo para a matéria de hoje.

Nosso Blog a toda hora fala em caixas para abelha, inclusive o prêmio de nossa primeira promoção foi uma caixa para mandaçaias, modelo "Inteligente", de nosso presidente Pedro Paulo e fabricada pelo nosso amigo Walter. 
Olha o Pedro Paulo aí, entregando a caixa para João Luiz, criador de capixabas, ao lado o Walter. Não, o João Luiz não foi o ganhador do prêmio de nossa promoção, quem ganhou foi o José Roberto, mas como ele não pode comparecer para receber o prêmio, o João Luiz o representou. E gostou tanto da caixa que comprou uma para ele.

Nosso amigo Carlos Ivan participou de um curso em Mangaratiba onde apresentaram uma caixa com a frente em cimento de vermiculita, aí  resolveu construir a "Inteligente" em  matérial alternativo, ficou muito interessante, ganhei uma e este mês prometo fazer uma divisão de mandaçaias para testar a caixa do Ivan. Vejam a matéria do Ivan: Caixa racional de vermiculita. e do Medina: Quem sabe faz ao vivo!, sobre a caixa em vermiculita.

Em matéria recente, nosso amigo australiano, Robert Luttrell, nos brindou com uma foto de uma caixa muito interessante, criada por um conterrâneo seu,  Alan Waters.
Na matéria de ontem nosso amigo Reginaldo Webster mostrou como se faz uma divisão utilizando caixas INPA.
Nosso vice-presidente, Gesimar, trouxe um brinquedo novo em sua última viagem aos states e agora todo o tronco ôco que encontra transforma em moradia para abelhas, parece que é só cortar uma fatia e colocar um fundo e uma tampa, uma hora dessas ele nos brinda com uma matéria, mostrando como se faz "uma tranferência de caixa racional para o tronco".
   
O Jean Carlos, pegando a deixa do Gesimar resolveu mostrar o que é criar abelhas no tronco e enviou para o grupo ABENA, algumas imagens da "Caixa natural Zukenalli" um trabalho de arte do preservador de ASF catarinense, para abrigar suas abelhas nativas.
Podemos observar que são do tamanho exato da colônia.

Mas o que me deixou impressionado foi a habilidade de nosso amigo Carlos Alexandre Junkes na construção de suas caixas, o Carlos Alexandre não gosta de tábuas, como o Gesimar e o Zukenalli, o negócio dele é construir caixas a partir de troncos:
Primeiro ele descasca o tronco
Já fazendo os quatro lados.
Depois em um outro pedaço do tronco faz um corte em diagonal até o meio
E a mesma coisa do outro lado.
Vocês notaram o tronco quadrado embaixo?
Foi preciso fatiar ele.
Para a caixa ficar pronta!
Vocês já imaginaram esse cara solto numa floresta com esse brinquedinho?
Quer dizer, a caixa ficou pronta por fora, agora vem a parte mais trabalhosa.
Será preciso furar cada uma das alças com uma furadeira
E depois vão ser trabalhadas com o formão.
Aí viram alças mesmo e a caixa está pronta.

Caixa para Jataí.
Pronta