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segunda-feira, 1 de março de 2021

ABELHAS NOS PARQUES PARCEIROS

BEM VINDO!

VOCÊ DEVE TER CHEGADO AQUI POR MEIO DE UM QR-CODE, E DEVE ESTAR EM UM DOS MELIPONÁRIOS EM QUE A AME-RIO MANTÉM EM PARCEIRA.

ATUALMENTE VOCÊ VAI ENCONTRAR MELIPONÁRIOS MONTADOS EM UM DOS NOSSOS PARCEIROS:

PARQUE NACIONAL DA TIJUCA; BONDINHO DO PÃO DE AÇUCAR; PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO COM OS PARQUES BOSQUE DA BARRA, PARQUE CHICO MENDES, PARQUE DA PRAINHA, PARQUE MARAPENDI, PARQUE BOSQUE DA FREGUESIA, PARQUE DA CATACUMBA E ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO HUMAITÁ COM O PARQUE DO MARTELO.

NO RIO DE JANEIRO EXISTEM VÁRIAS ESPÉCIES DE ABELHAS NATIVAS, ENTRE ELAS AS LISTADAS ABAIXO :

  • Uruçu-Amarela (Melipona rufiventris mondury);
  • Guaraipo (Melipona bicolor);
  • Iraí (Nannotrigona testaceicornes);
  • Jataí (Tetragonisca angustula);
  • Jataí-da-Terra (Paratrigona subnuda);
  • Scaura (Scaura Latitarsis);
  • Mandaçaia (Melipona mandaçaia) MQQ e MQA;
  • Manduri (Melipona marginata);
  • Tubuna (Scaptotrigona bipunctata);
  • Tubiba (Scaptotrigona tubiba);
  • Mirim Droryana (Plebeia droryana);
  • Mirim-Guaçu (Plebeia remota);
  • Mirim-Preguiça (Friesella Schrottkyi);
  • Lambe-Olhos (Leurotrigona muelleri);
  • Borá (Tetragona clavipes);
  • Boca-de-Sapo (Partamona helleri);
  • Mandaguari Amarela ( Scaptotrigona xanthotricha)
  • Guiruçu (Schwarziana quadripunctata);
  • Tataíra (Oxytrigona tataira tataira);
  • Arapuá (Trigona spinipes) e
  • Abelha-Limão (Lestrimelitta limao)

NO ENTANTO APRESENTAREMOS AS CARACTERÍSTICAS DAS ABELHAS QUE PODEM SER ENCONTRADAS NOS MELIPONÁRIOS PARCEIROS.

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Nome científico: Tetragonisca angustula 

Família: Apidae Tribo: Trigonini 

Nome popular: Jataí.


 Localização: do México a Bolívia, no Brasil encontra-se em todos os estados.

Características: Abelha loirinha de olhos verdes. Abdômen predominantemente tubular e longo, bem mais fino do que o tórax. É uma abelha sem ferrão de pequeno porte (5mm). Os ninhos possuem cerca de 2.000 a 5.000 abelhas. Espécie bem adaptada e facilmente encontrada nos ambientes urbanos.

Os enxames são construídos em ocos de árvores na natureza, mas por ocuparem pouco espaço nos ambientes urbanos refugiam-se em muros de pedra, blocos de cimento ou tijolos vazados e caixas de medição de luz ou água.


A entrada da colmeia é um tubo de cerume de aproximadamente 1cm de diâmetro. É característica de enxames fortes a presença de abelhas guardas ou sentinelas voando próxima a entrada do ninho.

O alimento é armazenado em potes ovoides. O mel é de excelente qualidade, considerado por alguns como medicinal, podendo-se obter de 0,5 a 1,5 litros de mel/ano de colônias fortes. 

Estas abelhas podem ou não apresentar comportamento agressivo, que consiste em pequenas beliscadas na pele e enrolando-se nos cabelos.

É uma excelente polinizadora, os morangos quando polinizados por elas produzem frutos maiores, mais doces e de forma perfeita.

Curiosidades: Enxames podem atingir muitos anos no mesmo local, relatos de ninho com mais de 35 anos no mesmo local. Assim, podemos dizer que os ninhos são perenes, apesar das rainhas serem trocadas periodicamente.

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Nome científico: Nannotrigona testaceicornis 

Família: Apidae Tribo: Trigonini 

Nome popular: Iraí.


  Localização: encontrada principalmente em zonas tropicais: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo.

 Características: Abelha fácil de reconhecer por apresentar olhos verdes e antenas vermelhas, corpo preto com pilosidade grisalha e asas esfumaçadas. É uma abelha sem ferrão de pequeno porte (3 a 4mm). Os ninhos possuem cerca de 2.000 a 3.000 abelhas. Espécie bem adaptada e facilmente encontrada nos ambientes urbanos. Os discos de cria são quase sempre construído em formato espiral.

Os enxames são construídos em ocos de árvores na natureza, mas por ocuparem pouco espaço nos ambientes urbanos refugiam-se em muros de pedra, blocos de cimento ou tijolos vazados e caixas de medição de luz ou água.

A entrada da colméia é um tubo de cerume de aproximadamente 2 a 2,5 cm de diâmetro. É característica desta espécie apresentar uma colar de abelhas posicionadas  na borda do pito, olhando para fora. O pito é feito de cera fina e maleável e toda noite é fechado para impedir a entrada de inimigos. Condição que permite notar bem seus olhos verdes contrastando com as antenas vermelhas.

O alimento é armazenado em potes ovóides de aproximadamente 1,2 cm de diâmetro . O mel é geralmente doce, e não é aproveitado comercialmente. 

Estas abelhas são totalmente mansas e muito tímidas, se escondendo para dentro do enxame se algo se aproximar da entrada delas.

É uma excelente polinizadora, desde goiabeiras a morangos, quando polinizados por elas produzem frutos maiores, mais doces e de forma perfeita.

 Curiosidade: A origem do seu nome Iraí, como não poderia deixar de ser, vem do Tupi e significa (Ira: abelha, mel/ Y: rio). O “Rio do Mel”, o “Rio Doce”.

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Nome científico: Mandaçaia quadrifasciata anthidioides(MQA)

 Família: Apidae Tribo: Meliponini 

Nome popular: Mandaçaia


Localização: Apesar de controverso existem registros da Melípona quadrifasciata anthidiodes distribuídas em Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, no Espírito Santo, Goiás, Mato grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.

Características: Abelha muito mansa de cabeça e tórax pretos, abdome com 4 faixas amarelas interrompidas no meio de cada segmento e asas ferrugíneas. É uma abelha sem ferrão de grande (10 a 11 mm). Os ninhos possuem cerca de 800 a 1200 abelhas. Espécie NÃO encontrada nos ambientes urbanos. Na natureza os ninhos são comumente encontrados nos ocos naturais das árvores acessados por um furo, de 1 a 3 metros acima da superfície do solo, que permite a passagem de apenas uma campeira por vez, envolto por uma estrutura composta por raios concêntricos, construído com geoprópolis, uma mistura de barro e resinas extraídas das plantas e incorporam argila. 

Já foram encontrados enxames em ninhos de saúva (Atta pp) e nos ninhos de João de Barro abandonados, no sudeste é comum encontrar nos ocos naturais do Pau Jacaré e no Ipê Branco Cinco Folhas.


Começam suas atividades de forrageamento de madrugada, com o raiar do sol, no meio do dia reduzem bastante essa atividade. O mel da mandaçaia muito palatável com excelentes características organolépticas e portanto muito apreciado. Consistência mais liquefeito devido ao alto teor de umidade, com baixa acidez e doçura discreta. Independente das flores visitadas o mel sempre apresenta o aroma e o sabor característicos da espécie. Quando criada racionalmente na sua região de origem e havendo uma boa florada, a produtividade do mel pode alcançar 1,5 a 2 litros/caixa/ano, que são armazenados pelas abelhas em potes ovóides com aproximadamente 25 ml de volume, encostados e empilhados entre si.

É uma excelente polinizadora, e imprescindível na polinização do bioma nativo, devido a sua grande capacidade de vibração abdominal durante a coleta de néctar e/ou pólen, essa característica garante a polinização das espécies nativas. E por isso são importantes em áreas de reflorestamento.

É uma abelha que apresenta um comportamento mais seletivo no forrageamento, procurando espécies mais específicas da flora nativa, por isso é também uma ótima bioindicadora quanto a saúde do bioma em que se encontra. Tem se tornado cada vez mais escassas de se encontrar devido a falta de flora para alimentação e de ocos naturais para nidificação.

Curiosidade: Mandaçaia é uma palavra indígena que significa “vigia bonito”, que deriva da possibilidade de se observar, no orifício de entrada da colméia, uma abelha sempre presente, com a função de proteger o ninho contra a entrada de invasores.

Ninhos fortes, quando incomodados, formam uma revoada de abelhas que tenta envolver o invasor, dando leves beliscadas, recolhendo-se tão logo se afaste.

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Nome científico: Melipona rufiventris mondury (que após a última revisão taxonômica passou a se denominar  Melipona mondury)    

Família: Apidae Tribo: Meliponini 

Nome popular: Bugia - Uruçu Amarela

 

Localização: Existem pelo menos 10 tipos de abelhas pelo Brasil denominadas Uruçus Amarelas, devido a coloração predominantemente amarela.

As abelhas Meliponas mondory (Bugias) são encontradas no domínio morfoclimático Mata Atlântica nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, em florestas de umidade elevada e geralmente abaixo de 400 m de altitude.

Características: Abelha mansa, de cabeça e tórax ferrugíneo a amarelo intenso, com o corpo coberto de pelos amarelos dourados. É uma abelha sem ferrão bem grande (11 a 12 mm). Os ninhos possuem cerca de 3000 a 5000 abelhas. Espécie NÃO encontrada nos ambientes urbanos, e cada vez mais raras também em ambientes naturais.

Os ninhos são comumente encontrados nos ocos naturais das árvores acessados por um furo, localizado até 40 metros acima da superfície do solo, permitindo a passagem de apenas uma campeira por vez. A entrada é envolta por uma estrutura composta por raios concêntricos, construído com geoprópolis, uma mistura de barro e resinas geralmente avermelhada extraídas das plantas e incorporam argila.

Estudos já realizados mostraram a estreiteza da Bugia com a mata úmida, que apresenta as condições ideais para as abelhas construírem seus ninhos, além de encontrarem, em árvores de grande porte, espécies com floradas muito abundantes, que são seus principais recursos alimentares, bem como locais de morada e reprodução.

O mel de Bugia é muito saboroso por apresentar características organolépticas diferenciadas. Liquifeito, como de outras melíponas, devido ao alto teor de umidade, com baixa acidez e doçura variada. Bugias são altamente produtivas, e quando criadas racionalmente na sua região de origem e havendo uma boa florada, a produtividade do mel pode alcançar 5 a 10 litros/caixa/ano, em épocas favoráveis, embora a média seja de 2,5 a 4 litros/ano/colônia. O mel é armazenado pelas abelhas em potes ovóides com aproximadamente 4 a 5 cm de altura e até 50 ml de volume, encostados e empilhados entre si.


Seu comportamento no forrageamento é mais generalista, tendo um ótimo desempenho na polinização e nos serviços ambientais primários, bem como em plantações comerciais. Vive em fragmentos florestais bem preservados sendo a principal polinizadora da Mata Atlântica, mas tem se tornado cada vez mais escassas de se encontrar devido a falta de flora para alimentação e de ocos naturais para nidificação.  Em Santa Catarina foi incluída como espécie vulnerável no livro vermelho de espécies ameaçadas.

 Curiosidade: Uruçu é uma palavra que vem do tupi “eiru su”, que nessa língua indígena significa “abelha grande”.

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PARA SUA GARANTIA E PARA A CONSERVAÇÃO DAS ABELHAS NATIVAS.

MONTE ISCAS PETs EM LOCAIS AUTORIZADOS.

OU

COMPRE ABELHA APENAS DE MELIPONICULTORES ESPECIALIZADOS EM DESDOBRAS.

NÃO INCENTIVE O COMÉRCIO EXTRATIVISTA.

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