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quinta-feira, 9 de julho de 2015

CIPÓS TREPADEIRAS E LIANAS

Darwin (1867) e outros biólogos do século XIX, já faziam distinção para este grupo de plantas, porém recentemente os ecologistas voltaram a atenção para este importante grupo de plantas que estão evoluindo aparentemente.


São encontradas nas florestas dos trópicos (onde estão a sua maioria) até as zonas boreais dos hemisférios norte e sul, bem como nos desertos e florestas tropicais úmidas. Entretanto, são mais diversas próximas ao equador (Gentry 1991), igual nas abelhas.
Há vários métodos que as lianas utilizam para escalar superfícies podendo ser volúveis apresentando gavinhas, possuírem raízes adventícias que emergem dos caules (cuja única função é prender o caule sobre uma superfície vertical), ou serem lianas facultativas (ou seja, arbustos com ramos longos e/ou com espinhos, ervas rasteiras, que, quando em contato com um aparato vertical, apóiam seus ramos e desenvolvem-se verticalmente).


 Existem trepadeiras entre diversas taxonomias como:
 samambaias (ex.: Lygodium), 
gimnospermas (ex.: Gnetum), 
várias linhagens de palmeiras (ex.: Calamus e Desmoncus
e outras monocotiledônias como as pandanáceas (ex.: Freycinetia),
mas as mais importantes são as florescentes e principalmente da nossa mata atlântica são: Asteraceae, Bigononiaceae, cactaceae, Curcubitaceae, Convolvulaceae, Dileniaceae, Fabaceae, Menimespermaceae, Passifloraceae, Sapindaceae, Smilacaceae, solanaceae, violaceae, Vitaceae, verbanaceae.
 



A abundância de trepadeiras geralmente aumenta com perturbações da floresta (ex. derrubada de árvores pelos seres humanos), mas também varia conforme outros fatores menos compreendidos, com caídas espontânea pela própria natureza.
(Laurance et al. 2001).




A proliferação das lianas próxima ou nos arredores das florestas também é uma das principais causas de deterioração estrutural em florestas fragmentadas.
Embora os brotos buscadores de algumas lianas possam se estender até dois metros para cima do último suporte, se não encontrarem apoio, elas cairão e serão substituídas por outro broto (Putz 1984), Conhecer as capacidades das diferentes espécies para percorrer uma distância entre suportes é importante para prever quais trepadeiras provavelmente irão parar a caminho do dossel.
Por exibirem suas folhas acima das folhas das árvores que lhes oferece suporte mecânico, as trepadeiras competem por luz de maneira eficaz.
As lianas proporcionam importantes caminhos entre as copas para muitos animais que vivem nos dosséis.
Sem essas conexões de trepadeiras, movimentar-se de um árvore para outra exigiria que os animais descessem até o chão, onde estariam muito suscetíveis à predação.
As abundantes folhas, flores e frutos das lianas também representam importantes recursos alimentares para animais, contribuindo substancialmente para os ciclos biogeoquímicos.
Embora muitas lianas tenham sementes pequenas dispersas pelo vento, algumas produzem deliciosos frutos, os quais são importantes para vários animais da floresta.
 

MENISPERMACEAE =  Frutos maduros de Odontocarya tripetala ou caapeba
Com a retirada desordenada das trepadeiras/cipós/lianas, estamos perdendo:
Artesanato, Medicamento fitoterápico e água.



Algumas representantes por família:

Asteraceae = Mikania hirsuta ou guaco cabeludo
Floração: março a maio 3 espécies


Araceae
Philodendron corcovadensis ou cipó preto
Mais de 50 especies


                      BIGNONIACEAE
Pyrostegia venusta ou cipó de S.João = maio até setembro
Mansoa difficilis ou cipó de sino = novembro a março com 2 espécies
Dolichandra unguis-cati ou Unha-de-gato = varias vezes sem data específica
Tynanthus elegans ou Cipó cravo = Setembro a novembro com 3 espécies
Cuspidaria convoluta  ou cipó rosa = Outubro a novembro com 3 espécies
Amphilophium crucigerum  ou Pente-de-macaco = novembro a dezembro com 3 espécies

Convolvulaceae (+ de 50 espécies) e para representá-la :
Cuspidata racemosa - Cipó-chumbo = Julho   com   3 espécies   
Ipomoea cairica = fevereiro a março
Ipomoea grandifolia = Fevereiro a março
Turbina corymbosa Ou Manto branco = maio a julho
Ipomoea indivisa = Ano todo 
Ipomoea purpurea = Ano todo
Ipomoea batatas = Fevereiro a março
Jacquemontia heterantha = Fevereiro a março
Ipomaea carnea (alcalóides indozilidínicos) = Algodão bravo (daqui que as abelhas pegam esses alcalóides para ajudar no feromônio

Outras famílias:
Curcubitaceae = Cayaponia tayuya Ano todo  (4 espécies)
 Dileniaceae Davilla rugosa ou cipó caboclo = Outubro a dezembro (3 espécies)
Cactaceae = Pereskia aculeata = Setembro a novembro
Fabaceae = Viicia sativa Ou ervilhaca=Abril a junho
Fabaceae = Mucuna urens ou olho de boi  =Maio a julho com 3 espécies
Fabaceae = Senegalia  ou Paricá= dezembro a março com 3 espécies
Passifloraceae = Passiflora edulis ou Maracujá roxinho – Setembro a Novembro
Passifloraceae = Passiflora haematostigma - Maracujá-de-capoeira – Setembro a Novembro
Passifloraceae = Passiflora porophylla - Maracujazinho-da-serra  Setembro a Novembro

Já nas  SAPINDACEAES  tem mais de 400 espécies :

Serjania laruotteana  ou Cipó timbó Açu Dezembro a maio
PAULLINIA RUBIGINOSA ou guaranaí (mais de 140 espécies) Agosto e setembro   
Serjania (mais de 80 espécies) Cipó  uva = fev. março
Cardiospermum halicacabum ou balãozinho = novembro a dezembro = Mais de 10 espécies
 
 Nas SOLANACEAE (Mais de 50 espécies) :

Solanum inodorum ou cipó branco = Setembro     
Joá cipó ou Solanum laxum =Ano todo  

Quanto as SMILACACEAE (Mais 100, sendo 32 brasileiras):

Smilax fluminensis ou salsaparrilha

As abelhas Halictus hesperus e Tetragona clavipes (as nossas borás), visitam flores de ambos os sexos e foram consideradas polinizadoras pela sua freqüência e comportamento .

VIOLACEAE (3 espécies) = Anchietea pyrifolia ou cipó suma = Julho a fevereiro   
VITACEAE (mais de 10 espécies ) = Cissus verticillata ou insulina ano todo
Verbanaceae (3 espécies) = Petrea subserrata  ou Flor de S.Miguel = Setembro a novembro

By Júlia M. Villela Galheigo

domingo, 31 de agosto de 2014

ABELHAS NATIVAS, UMA SOLUÇÃO SEM PERSPECTIVA LEGAL



Atualmente as grandes economias mundiais buscam o desenvolvimento sustentável, mas o que vem a ser exatamente este conceito tão exposto na mídia?
“Entende-se por desenvolvimento sustentável aquele que procura satisfazer as necessidades das atuais gerações sem comprometer recursos destinados às futuras.” Nesse sentido todos devem ter a possibilidade de atingir níveis de desenvolvimento sócio-economico e cultural, primando pela racionalidade do correto emprego e devida preservação dos recursos da biosfera. — Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
 Hoje já ultrapassamos 7 bilhões de seres humanos sobre a Terra, e espera-se uma população de mais de 9 bilhões em 2050, consequentemente a pressão da necessidade alimentar também cresce no mesmo ritmo. Recursos como água, terras cultiváveis são cada vez mais valorizados. Segundo especialistas, a água poderá ser o pivô das próximas guerras. Mas na esteira da disponibilidade de água potável tem-se a disponibilidade de alimentos, e como todos já sabem desde os estudos primários, a base da cadeia alimentar de nosso planeta são os vegetais.
 Muito se fala em terras cultiváveis, investe-se milhões em tecnologia alimentar, sementes trangênicas de alta produtividade e resistência às pragas, adubos químicos, máquinas agrícolas com referenciamento por satélites, tecnologias de indução artificial de chuvas e/ou de irrigação forçada. No entanto, apesar de tanta tecnologia o mundo está começando a vislumbrar uma nova vertente de obstáculos até então não considerada: a redução e/ou desaparecimento dos polinizadores e principalmente dos polinizadores nativos.
Na maior parte das plantações comerciais espalhadas pelo mundo o foco desse problema tem se concentrado no fenômeno ainda não explicado do desaparecimento de enxames inteiros de APIS. No Brasil esta problemática do desaparecimento das APIS, apesar de significativa, ainda não sensibilizou as autoridades por um empenho maior em pesquisas sobre o tema. Mas..., porque a expectativa dessa problemática não tomou a mesma proporção em terras brasileiras tal como o temor verificado por governos de outros países? Talvez pela razão de que nossas plantações de modo geral continuam de vento em popa, com o nível de polinização ainda adequado. Como diz um velho ditado popular: não doeu no bolso!
 Na minha visão, a área de vegetação nativa existente no território nacional ainda é bem maior e significativa do que em países onde o fenômeno da falta de polinizadores tem sido acompanhado com maior intensidade. Acredito que nós brasileiros temos uma reserva biológica ainda intacta, da maior relevância, que se constitui num amortecedor de efeitos negativos registrados em outros continentes.
E porque esta reserva biológica pode influenciar a ponto de fazer a diferença no desempenho de nossas plantações comerciais? Não deve ser difícil de perceber o porquê, especialmente quando se verifica que o Brasil é habitat exclusivo de quase 100% das espécies conhecidas de melíponas, e também abriga mais uma centena de espécies de trigonas.
Tendemos então a conclusão quase imediata: Temos proteção Superior, nossa santa terra está protegida!! Brindemos às dádivas de Deus, por nos presentear com esta multiplicidade de abelhas nativas, eficientes polinizadoras!!
No entanto, apesar de sermos uma terra abençoada por Deus, as abelhas nativas não podem ser consideradas a solução definitiva, principalmente a longo prazo, à vista do tratamento legal a que sujeita seu trato....
 Lindas e mansas abelhas, naturalmente sem ferrão, donas do melhor mel do mundo, vivem em uma terra que pode ser considerada como encantada, no melhor estilo dos contos de fadas ...
Numa analogia lúdica, são terras que só os puros de coração conseguem enxergar, povoadas por “fadas da polinização”: como na “terra encantada” dos gnomos. Aqui no Brasil existem as “fadas da polinização” nativas das matas tropicais, as “fadas da polinização” nativas das matas equatoriais, as da caatinga, as do cerrado, das matas araucárias, das veredas, dos cocais, do pantanal, e muito mais. Cada família de fadas vive e cuida do seu mundo encantado particular. E neles protegem os animais, alimenta-os, e de quebra ignoram as fronteiras e jogam o mágico pólen de “piripimpim” nos arredores dos seus limites, fazendo as plantas explodirem em vida e frescor além das fronteiras de suas “terras encantadas”.
E como em todos os bons contos de fadas, nestas “terras encantadas” têm surgido “homens de negócios”, com alma enrijecida e quase cegos, que enxergam apenas um palmo de seus olhos, e são incapazes de perceber tamanha riqueza existente ao seu redor.
O cenário que se percebe hoje, após a aprovação do código florestal, é um aumento acelerado da fragmentação destas “terras encantadas” e consequentemente uma pressão muito maior sobre os “povos encantados” que as habitam. Muitas tribos de “fadas polinizadoras” não suportam tamanha invasão, acabando por se extinguirem. Outras, ainda resistem e tentam sobreviver se adaptando a uma vida restrita e isolada, restam corajosas e poucas outras, que migram para qualquer jardim das cidades que avançam sobre suas terras.
As “fadas polinizadoras” ainda dividem o que resta de seus ricos fragmentos de “terras encantadas” com as Apis Troll.  (Peço licença aqui para este batismo, pois os Trolls são os seres que amedrontam as criancinhas em todas as histórias de fadas, e nesta analogia, é a imagem que as Apis passam para o “reino brasiliensis” no qual são consideradas exóticas).
Assim, nossas “fadas polinizadoras”, já tão cerceadas e agredidas pelo entorno cinza das grandes metrópoles e extensos desertos verdes de capim ou de monoculturas que comprimem suas terras nativas, também lutam pela sobrevivência concorrendo com as Apis Troll, trazidas para o Brasil pelos “homens de negócio” que nos colonizaram.

E os meliponicultores? Ahhh os meliponicultores !!!! São os humanos que conseguem enxergar as “fadas polinizadoras”, entender suas necessidades e manter contato direto com elas. Nem todos são “santos”, tem os que aprontam, os rebeldes, os curiosos, os aproveitadores, os conscientes, mas de maneira quase unânime são grandes admiradores desse mundo mágico e tentam manter um esforço conjunto para proteger o reino das “terras encantadas” e seus habitantes, sejam eles “fadas polinizadoras” ou “Apis Troll”. Os meliponicultores têm consciência de que as “terras encantadas” precisam ser preservadas dos ataques dos “homens de negócios”.

Completando esta lúdica comparação, não podemos nos esquecer dos alquimistas. Devido a sua natureza mística conseguem enxergar e compreender as “fadas polinizadoras”, as Apis Troll e o mundo mágico onde esses seres moram. Estudam com lupa cada detalhe, diferenciam todas as tribos e tentam cientificar seus hábitos e costumes. Reconhecem a batalha Quixotesca travada pelos meliponicultores para defender esse mundo mágico, mas desaprovam-lhes algumas atitudes. Alguns confundem o meliponicultor com o meleiro, que é um “homem de negócio” disfarçado de meliponicultor. Os alquimistas vivem tentando provar aos “homens de negócios” a importância desses seres mágicos da polinização, mas suas pesquisas ainda não os convencem, e tal como os meliponicultores amargam uma negação por parte dos que, sem sensibilidade e visão, detém o poder.   

A maioria dos “homens de negócios” ironiza a postura dos meliponicultores e tentam de todo modo invadir esses resquícios de espaço em que a vida ainda pulula.  Derrubam os biomas para implantar pastos e monoculturas tirando o pouco que resta de refúgio. Alguns “homens de negócios” em um misto de fé e incredulidade, resolvem agradar aos meliponicultores, permitindo restrito trabalho com até 50 famílias de “fadas polinizadoras”. Mas, que não se tente ter maiores projetos, as exigências tornam-se insuperáveis, comparáveis ao que se exige das ApisTroll. Assim, cerceados com normas e leis inadequadas, eles desistem !!!
Resumindo, como os “homens de negócios” não conseguem enxergar as “fadas polinizadoras”, e tampouco seu mundo mágico de possibilidades, fazem Leis as escuras e não conseguem determinar quem serão os verdadeiros responsáveis para fiscalizar a aplicação destas mesmas Leis, pois os fiscais disponíveis também não conseguem enxergar as “fadas polinizadoras” e seu mundo mágico para poderem fiscalizar. Ao fim não se consegue distinguir o que as Leis permitem, sua razão de ser e a definição de responsabilidades.

Assim, para quem acredita, temos no Brasil uma solução viável para a crise da polinização mundial, temos como atender com eficiência plantações comerciais e nativas. Somos capazes de alimentar muitas das 9 bilhões de bocas que são esperadas para 2050, mantendo a sustentabilidade do negócio. Temos ao redor de 400 espécies de abelhas nativas, cada qual com suas características específicas e capazes de se adequar a trabalhos variados nas mais diversas lavouras comerciais. A capacidade de forrageamento vibrátil das abelhas nativas tornam-nas eficientes trabalhadoras do campo. Além disso, elas também produzem mel com características tanto de gourmet como medicinais, e sua ação na conservação e ampliação dos fragmentos bióticos é inquestionável.
Entretanto por mais que desenvolvamos técnicas de manejo dessas abelhas, por mais que se lute pela manutenção das áreas nativas, por mais que meliponicultores e pesquisadores unam suas forças em um objetivo comum, é imprescindível que surjam Leis que harmonizem a multifacetada capacidade desta novíssima cadeia produtora aos interesses ambientais, sociais e econômicos.
Enquanto a abelha nativa não for reconhecida legalmente como um recurso econômico e ao mesmo tempo fator de sustentabilidade, totalmente nacional, gerador de múltiplas riquezas sem comprometer a capacidade das gerações futuras, viveremos apenas no mundo dos contos de fadas. As abelhas nativas precisam de tratamento diferenciado e específico, eficiente e aplicável na prática. Enquanto não for esse rumo, a solução para vários problemas que afligem o mundo ficará sem uma perspectiva a curto prazo.

Medina
Rio de Janeiro, 31/08/2014

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

REUNIÃO EM MIGUEL PEREIRA

 Este mês de fevereiro a nossa reunião foi um passeio ao sítio do associado Miguel Campos, localizado na cidade de Miguel Pereira / RJ. Região serrana do Rio de Janeiro, temperatura amena, muito verde, muita natureza se manifestando por todos os lados.

Apesar da distância, 13 associados se candidataram ao passeio e lotaram uma van, que foi seguida por mais outros tantos associados que foram de carro até o local de encontro.

 A AME-RIO agradece pela carinhosa recepção do casal anfitrião, muito simpáticos Márcia e Miguel, sempre atentos para deixar toda a turma bem à vontade.
Vamos então a algumas fotos do que ocorreu ...

Aqui Zé Andrade o artista, Sr. Walter Gressler, Luiz Carlos e Adalto, todos associados conversando em uma roda na varanda, esperando a chegada dos demais.
Andreas, Loreto (ex PNT atual Galpão Caipira), Ito, Jorge Martins e filho, Júlia, Winckler e Altino, observam as explicações de Miguel Campos sobre as abelhas Jataís da Terra

 Uma grande moita de Manjericão em floração serve, como um verdadeiro banquete, abelhas jataís que começam a ser instaladas em caixas racionais no meliponário de Miguel.
 No caminho o que parecia ser uma telha caída à esmo, é na verdade uma proteção providenciada por Miguel nas entradas de abelhas nativas que ele vai achando em seu sítio. Depois que virou meliponicultor vive tropeçando com essas abelhas em sua propriedade.
  Mais de perto é uma entrada de Guiruçu.
  Aqui uma Jataí em tronco de árvore.
Foto Júlia
 No mourão do canil uma Mirim Preguiça.
Foto Júlia
 Mandaguaris in natura colocando para correr !!!
Foto Júlia
  Na parede externa da casa perto do chão entrada de iraís ... Nesta foto da Júlia dá para ver diversas abelhas mortas perto da entrada, conforme ela, são abelhas que nasceram deformadas devido o período de forte calor.
Foto Julia
 Reza a lenda que um diretor da AME-RIO enfiou o dedo neste buraco para mostrar onde as bombus faziam ninho .... mas a casa não estava abandonada !!! Olha a dona da casa espiando depois da catucada que levou!!!
Fotos Júlia
 Aqui acho que é borá ...
 Aí a galera literalmente entra no mato ... à caça de abelhas nativas ... localizar, identificar e proteger ninhos !
 Como nem todos estão acostumados a andar assim, nosso anfitrião providenciou uma escada para subir barrancos, que também foi junto com a galera.
 Aí vai Júlia
  E aí nosso animado amigo Fritz
No mato além de abelhas também foi encontrado uma formação provocada por formigas no caule de uma planta. Curiosidade, a formação contém um formigueiro completo !!!
Voltando da caminhada exploratória o pessoal começa a se reunir nas imediações da casa para dar continuidade à reunião.
Enquanto isso Abreu, do Meliponário Abreu, e Júlia "brincam" com as mandaçais de uma caixa !!!
Estavam doando campeiras de uma caixa para outra mais fraca.
 Miguel traz alguns chapéus para o pessoal mexer com abelhas sem ferrão ... Até parece que precisa !!!
foto Júlia
E galera aos poucos vai se juntando aguardando a continuidade da reunião.
   Que começa com o atual Presidente Gesimar e Vice Winckler fazendo algumas considerações, colocando todos os presentes em dia das últimas notícias e dando lembretes.
Miguel agradece a presença de todos, que apesar da distância do Rio, compareceram ao encontro até em número maior do que o esperado pelos organizadores. Sinal que reunião tipo passeio turístico foi bem aprovada pelos associados !!!
Apresentei aos associados uma palestra que estamos tentando dar gratuitamente no Parque Nacional da Tijuca com periodicidade mensal. É uma palestra básica que mostra as diferenças entre as abelhas exóticas (APIS) e as nativas. Discorre superficialmente sobre vários assuntos com a finalidade de despertar o interesse dos que ainda não conhecem o MUNDO das abelhas sem ferrão e sua importância.
A palestra foi formatada para que os responsáveis de cada parque, onde a AME-RIO tenha parceria, possa agregar informação a visitação do público aos meliponários. O intuito é atingir principalmente crianças e estudantes, e também turistas, enfim, todo o público que procura os parques como meio de lazer. Enquanto os 40ºC assolavam a capital, nossa sala de projeção era fartamente ventilada pelo puro ar da serra !!! 
Mas ... como saco vazio não para de pé, não dava para ficar só no blá blá blá da palestra ....
Entra em cena um delicioso almoço que foi servido pela Márcia. Empadão de frango, salada, feijões preto e mulatinho ... e muito mais ... A sobremesa foi quindão de chocolate com calda de brigadeiro ... hummmmmm 

Depois de um breve descanso a turma rumou para visitar a propriedade do Paulo Maia. Um criador de abelhas sem ferrão muito conhecido da região. Ele reside em Governador Portela com sua esposa e tem suas abelhas como velhas amigas ... As caixas estão religiosamente intocadas por anos a fio .... Ele as trata como belos animais domésticos que estão sempre devolvendo fortes enxameações para a natureza ... conhecedor dos segredos do hidromel, serviu uns drinks para quem quis experimentar !!! 

Não posso deixar de mencionar e mostrar, que saindo do sítio do Miguel, no meio da estrada há uma árvore muito antiga e frondosa ... muitas flores brancas e um ninho de Iraí em seu pé !!! Quem souber o nome desta árvore pode postar no comentário ....
Detalhes das suas flores 
Ao final, apesar de alguns já terem partido antes, devido a distância, fica o registro da foto oficial da família AME-RIO. Notem que até o Luiz Carlos de Paty do Alferes está na foto !!!

MEDINA