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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Natureza Doce - Parte III - Manejo das abelhas

Amigos da AME-RIO e Internautas,

Desde domingo eu estou tentando mostrar como foi a última reunião de nossa associação, que ocorreu nesse sábado passado, 25/02/2012, no Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio de Janeiro. Se você não leu a postagens anteriore, o link para ela é:
http://www.ame-rio.org/2012/02/natureza-doce-parte-ii-o-projeto.html

Depois do lanche de recepção, da caminhada guiada pelas trilhas do parque e da apresentação do projeto Natureza Doce, que o parque está iniciando, nós passamos para a parte prática de nossa reunião, onde estavam programados algumas transferências de abelhas, que foram capturadas em Ninhos Iscas feitos com garrafas PET, para caixas de madeira.

A captura de abelhas através de Ninhos Iscas é permitida e é incentivada pela resolução 346 do CONAMA.


Antes da transferência, o Carlos Ivan mostrou para os presentes, de forma rápida, como se faz um ninho Isca com garrafa PET e depois mostrou como fica posicionado o ninho dentro da garrafa.


O pessoal fez tanta pergunta, que eu quero acreditar é que não estavam querendo sair do ambiente com ar condicionado, que o pessoal do Parque disponibilizou para que fizéssemos a reunião, mas não teve jeito, a parte prática precisava ser feita do lado de fora.


O Gesimar Célio foi escalado, junto com o Luiz Medina, para fazer as transferências, ele explicou o que iam fazer e convidou o pessoal para acompanhá-lo até o pátio da sede, onde o Medina já tinha preparado uma mesa com o equipamento necessário.



O pessoal estava tão curioso que quase esmagaram o Gesimar, o Medina, a mesa e tudo mais de tão perto que queriam ficar para assistir a transferência. Quando foi solicitado que o pessoal abrisse um pouquinho, não ficando tão perto, teve engraçadinho que disse que quem tivesse medo de abelhas não precisava se aproximar e se recusou a se afastar um pouco para que todos assistissem. Tudo bem, educação a maioria recebe, mas alguns não aproveitam.


O plástico preto que envolvia a isca foi retirado rapidamente, mas os jornais que estavam dentro estavam bastante úmidos e tinha um ninho de formigas dentro, parece que o plástico foi furado, talvez pelas próprias formigas.


Depois de remover os jornais, o Gesimar mostrou para o pessoal a isca e o ninho que estava lá dentro.


Realmente estava difícil de registrar o que estava acontecendo.



Mas acabamos conseguindo chegar mais perto e registrar melhor a transferência, aqui podemos ver a caixa que foi usada, não é uma caixa racional, mas essa caixa imita uma casinha meia água. Depois essa casinha vai ser coberta com uma cerâmica que imita telhas, tentando deixá-la de forma que chame a atenção das crianças que visitam o parque. Se nossa pretensão fosse produção de mel ou multiplicação de enxames, outro tipo de caixa seria utilizado. Mas para divulgação de abelhas esse formato está ótimo.

Na mão do Gesimar podemos ver que a parte do fundo da PET já foi eliminada.


Agora o Gesimar e o Medina estão cortando as laterais da PET, para poder retirar o ninho.


O ninho já está livre e o Gesimar está fazendo uma abertura lateral para examinar a postura.


Bem agora só resta colocar o ninho dentro da caixa e fechar, antes o Medina colocou pedaços de cera alveolada, mais ou menos amassados, para apoiar o ninho.


 Ninho dentro da caixa, só resta pegar as abelhas que estavam espalhadas com um sugador e colocá-la dentro da caixa também.

Para que vocês acompanhem melhor a operação vou colocar aqui um vídeo, feito pela Mayara, filha do Medina e nossa mais jovem meliponicultora e excelente operadora de câmera.


Depois disso foi trazida uma caixa de mandaçaias para que o pessoal pudesse conhecer o ninho de uma melipona.





Medina explicando como é feita a colheita do mel, com o auxílio de sua bomba de vácuo e da Dra. Márcia do MAPA.


Enquanto todos se preocupam com o início de uma nova transferência, a Mayara ainda está recolhendo algumas abelhas que sobraram da primeira transferência. Depois disso ainda tivemos a transferência de uma segunda Jataí e de uma Mirim, com tantas atividades o pessoal só foi liberado para o almoço, quase as duas horas.

Na volta, à tarde, o Gesimar ainda nos brindou com uma excelente palestra, contando-nos como surgiram os primeiros fóruns de discussão sobre abelhas nativas na Internet, a criação do Grupo ABENA e ele também discorreu sobre as associações de meliponicultores e a necessidade de se tentar conseguir uma legislação menos restritivas para a nossa atividade.



E não teve tempo para mais nada, porque a condução contratada por um grupo de associados tinha horário marcado para sair, só deu para agradecermos ao Leonardo e ao Christiano e todo o pessoal do Parque pela acolhida.


Enquanto estávamos recolhendo as nossas tralhas, o Christiano e a Biologa Vanessa chamaram o Andreas nosso presidente e comunicaram que o Alexandre, Diretor do Parque, tinha nos franqueado o mesmo para que ali efetuássemos nossas reuniões, sempre que quiséssemos.

Foi uma ótima notícia e pretendemos voltar mais vezes a esse belo parque, que tão bem nos acolheu.

E foi isso.

UGA
José Halley Winckler

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