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domingo, 12 de julho de 2015

ABELHAS D'ÁGUA

Um dia desses parei e fiquei pensando sobre o caos que parece ter se instalado no que conhecíamos das estações do tempo. Havia tempo de calor e frio, de seca e chuvas, tudo era bem demarcado. Fui me lembrando da minha infância, em que agosto era tempo de pipa (ou papagaio) pois predominavam os ventos. Festa junina era tempo de frio e portanto de comidas mais quentes, canjica, caldo verde etc ...

Mas tudo está mudado .... claro que é um fenômeno de grande proporções. Cientistas debruçam sobre pesquisas em busca das causas, muitas teorias surgem .... e aí, embalado em minhas lembranças, e sem pretensão científica nenhuma, me dei ao direito de filosofar sobre o assunto. E como sou meliponicultor, pensei nas abelhas nativas ... tão pequenas vivendo nestes novos tempos!!
Quanto será que estão sofrendo? 
Será que elas poderiam ser treinadas para tirar o açúcar do néctar e dar água além do saboroso mel? 
Mas cheguei a conclusão que elas já nos dão água, nós que não percebemos ....
Nesta linha de pensamento, vou tentar explicar porque nossas abelhas nativas poderiam ser denominadas também como
 ABELHAS D'ÁGUA...
Vamos usar a imaginação e dar um mergulho neste rumo !

É uma prosa meio comprida, mas acho que dá para explicar, se vocês tiverem paciência.
Bem ..... Muito se fala hoje em dia sobre meio ambiente e sustentabilidade, e o assunto ficou mais em voga após esta forte estiagem que vem derrubando os níveis de água nos reservatórios, principalmente da região sudeste. São Paulo especificamente está passando por um aperto hídrico, acredito, jamais vivido por gerações anteriores.
A população cresceu, a economia cresceu e o desperdício de água também, então para que possamos nos moldar aos novos tempos temos que ser sustentáveis. E o que vem a ser exatamente o conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL tão exposto na mídia?
“Entende-se por desenvolvimento sustentável aquele que procura satisfazer as necessidades das atuais gerações sem comprometer recursos destinados às futuras.”
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos:
1º - O desenvolvimento econômico
2º - A conservação ambiental.
 Hoje já ultrapassamos 7 bilhões de seres humanos sobre a Terra, e espera-se uma população de mais de 9 bilhões em 2050. Consequentemente a pressão da necessidade alimentar também cresce no mesmo ritmo. Recursos como água, terras cultiváveis são cada vez mais valorizados. Segundo especialistas, a água poderá ser o pivô das próximas guerras. Mas na esteira da disponibilidade de água potável tem-se a disponibilidade de alimentos, e como todos já sabem desde os estudos primários, a base da cadeia alimentar de nosso planeta são os vegetais.

Então se precisamos de mais carne e cereais na mesa o que fazemos? 
Abrimos pastagens e campos de cultivo, afinal mato não tem valor e não mata a fome nem a sede da população!!!!


Este mapa abaixo revela uma região do Rio Grande do Sul em dois momentos, com intervalo de 15 anos. Percebam como conseguimos criar ILHAS VERDES ao abrirmos pastos e monoculturas industriais! Quantas espécies de abelhas foram extintas ou restringidas em seu deslocamento nestes 15 anos? E da data do último mapa até hoje já passaram mais 16 anos !!! 
Como estará um novo mapa do mesmo local?

Zakri Abdul Hamid, presidente de uma Plataforma Intergovernamental tenta chamar a atenção do mundo para o problema do declínio da diversidade de espécies de plantas e de animais em todo o planeta, conhecido como “o sexto grande episódio de extinção na história da Terra”... Cerca de 75% da diversidade genética de culturas agrícolas foi perdida no último século.
Um dos fatores responsáveis por isso foi o EGOÍSMO humano, pois primeiro supre suas necessidades e depois pensa no meio ambiente .... 
Melhor dizendo ... primeiro supre seus supérfluos, em seguida foca seus lucros, e por último pensa no meio ambiente!
   
Assim, mesmo abrindo fronteiras cultiváveis cada vez maiores, a indústria agropecuária de todo o mundo cultiva e cria variedades geneticamente uniformes e de alto rendimento, e forçam o abandono de muitas variedades locais. 
Hamid ainda complementa: “A perda de diversidade genética de animais domésticos reflete a falta de visão geral do valor de raças nativas e de sua importância na adaptação às mudanças climáticas globais”.

Diante deste cenário muitos cientistas já estão afirmando que estamos vivendo a Extinção do Holoceno. Vou traduzir: Holoceno é um termo geológico para definir o período que se estende de 12 ou 10 mil anos para trás – quando terminaram os efeitos da última glaciação até os dias atuais.
Assim Extinção do Holoceno é o nome dado pelos cientistas ao evento que vem ocorrendo com as extinções de plantas e animaisperpetrado pelo ser humano neste período. 
E o mais espantoso é que tal extinção distingue de todas as demais conhecidas por ocorrer unicamente sob intermédio da civilização humana, e não por ocorrências biogeoquímicas ou cósmicas.

Acho que estou me alongando demais! 
E a tal abelha d'água, título desta prosa? 
Já falei da seca, das "nossas ilhas verdes", da população crescente, biodiversidade, holoceno .... como tudo isso se encaixaria? 
Bem, deixa eu ver se consigo me fazer entender ..... As abelhas sem ferrão evoluem desde antes da separação do antigo continente de Gondwana, cerca de 150 milhões de anos atrás, antes do aparecimento de abelhas apis. 
Será que estamos demonstrando sensibilidade e humildade suficientes para entender o que são 150 MILHÕES de anos de evolução ? 

 Gondwana é formada por terras que hoje são América do Sul, África, Austrália e Índia
Faixa correspondente ao Gondwana atualmente ocupada pelas abelhas sem ferrão. 

Durante este período a flora desta faixa se especializou em suas estratégias de sobrevivência. E não se trata de uma simples especialização, são 150 MILHÕES de anos em especialização!!!! 
Foi nesse período que apareceram as flores como meio de dispersão genética. 
Diante de tanta variedade de plantas dentro da faixa da Gondwana que estavam se especializando, as abelhas que são do mesmo período, participaram concomitantemente desta estratégia. 
Assim não é de se admirar que só aqui no território que corresponde ao Brasil, encontremos hoje mais de 360 espécies de abelhas sem ferrão já identificadas, fora as não identificadas e as extintas. 
Com toda esta especialização estratégica, há um detalhe MUITO importante associando as abelhas sul americanas à flora local ....
As espécies vegetais que constituem os biomas nativos brasileiros passaram a apresentar no decorrer de sua especialização uma característica peculiar no que se refere à polinização: 90% da flora possui flores que sofrem da síndrome de melitofilia vibrátil.
Isso significa que além de serem polinizadas por abelhas, as flores necessitam de uma vibração mecânica vigorosa para conseguirem liberar pólen suficiente e atingir uma polinização adequada, capaz de produzir frutos saudáveis e em quantidade suficiente para sustentar a vida no bioma. 
E esta vibração é gerada pelas Abelhas Sul Americanas.
 

Mas nos dias atuais vamos sustentar quais vidas em quais biomas? 

Quando foi discutido o Código Florestal, em 2011, a comunidade científica cansou de alertar os deputados de que a biodiversidade tem uma função hídrica importantíssima:
PRESERVAR A ÁGUA E MANTER SEU CICLO EM EQUILÍBRIO.


O nosso cerrado, por exemplo, está sendo devastado por ser considerado área de expansão da fronteira agrícola e pecuarista. Existe uma proposta de emenda constitucional  [PEC 115/95], parada há 20 anos, que propõe o reconhecimento do CERRADO como patrimônio nacional.

Mas o contexto de nossa política ambiental é diferente. Tudo isso que falei até agora sobre biodiversidade joguem na lata do lixo, pois aqui no Brasil não é levado em consideração.... 


Ainda mantendo o Cerrado como foco do meu exemplo, é impossível saber ao certo quantas espécies já foram extintas nos 41% do Cerrado que não existem mais. Esta é a CRUZ que o Cerrado carrega, apesar de ser considerado o 2º maior bioma brasileiro e estar no centro e interligando todos os demais biomas.
Gente  ....  41% de extinção só no período de expansão agrícola!! 
Será que este não é um preço muito alto a ser pago por produtos alimentícios que em sua maioria não ficam nem na mesa do brasileiro, pois são quase todos exportados ...?? 

O Cerrado apresenta 3 gigantescos aquíferos que fornecem água para 6 das 8 principais bacias hidrográficas brasileiras. 
É o telhado do Brasil !! Mas um telhado com 41% de sua área danificada ...


O Cerrado tem uma vegetação de pequeno porte com imensas raízes que atuam como uma grande esponja no centro do Brasil, captando e distribuindo água. O Cerrado pode até ser considerado como uma Amazônia de cabeça para baixo!!!  

Pasmem, apesar de ser a caixa d'água do Brasil ..... o diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra, Luiz Arthur Castanheira, disse em 2014 na entrevista ao G1, que a nascente do Rio São Francisco, situada em São Roque de Minas, SECOU.
Segundo Castanheira, essa nascente é a principal de toda a extensão do rio, que tem 2.700 km.

Pois é .... fato nunca visto antes ... secou ...



Vou dar mais um dado para arrematar este viés. Existe uma teoria, que gera controvérsia: A teoria do CAOS descrita pela primeira vez pelo matemático americano Edward Lorenz, em 1963. A equação que a define gera um complexo gráfico chamado "atrator estranho", que guarda uma singular aparência com uma borboleta de asas abertas. Por isso esta teoria também é popularmente conhecida como EFEITO BORBOLETA. Mas a coisa é séria e comprovada ....


Não há nada, nem mesmo nenhum acontecimento em nossa vida que seja completamente sem importância. Vamos tentar simplificar e exemplificar a Teoria do Caos, para isso não existe exemplo melhor do que algo caótico como as nossas próprias vidas, aparentemente previsíveis e sequenciais - mas moldadas pelas escolhas que fazemos em face do que o “acaso” nos proporciona. 
“Acasos” aparentemente pequenos, como o ônibus perdido por alguns segundos ou o papo furado com alguém pra passar o tempo em uma longa fila, podem ter uma grande influência nas nossas vidas a longo prazo. 
Imagine que, no passado, você tenha perdido o vestibular na faculdade de seus sonhos porque um prego furou o pneu do ônibus. Desconsolado, você entra em outra universidade. Então, as pessoas com quem você vai conviver serão outras, seus amigos vão mudar, os amores serão diferentes, seus filhos e netos podem ser outros...
 Outra definição mais simples que encontrei, na Internet, sobre o tema foi a dada por Ronaldo Rogério de Freitas Mourão: “Ações aparentemente inconsequentes e de pouca importância podem ter, ao longo do tempo, efeitos radicais sobre o presente e o futuro.” 
O exemplo apresentado por ele é assim:
“Por causa de um prego, a ferradura foi perdida. Por causa da ferradura, o cavalo foi perdido. Por causa do cavalo, o cavaleiro foi perdido. Por causa do cavaleiro, a batalha foi perdida. Por causa da batalha, a guerra foi perdida. Por causa da guerra, a liberdade foi perdida. Tudo isso por causa de um simples prego.

Com tudo isso já pensaram que podemos estar sofrendo o EFEITO ABELHA SUL AMERICANA?




Não sei, com que expus até agora, se já foi possível compreender o que estamos fazendo com 150 MILHÕES de anos de estratégias de sobrevivência ?
Uma simples abelha sem ferrão quando extinta, pode exterminar todo um ciclo de grande representatividade:
=>Abelha poliniza a Lobeira 
=> que alimenta o Lobo Guará 
=> que quebra a dormência do Araticum.  
=>As raizes do Araticum atingem de 10 a 12 metros de profundidade 
=> que propiciam a infiltração e captação de água no solo 
=> que por sua vez alimentam os aquíferos.
=>Aquíferos no centro do Brasil 
=>que alimentam as 6 principais bacias hidrográficas brasileiras 
=> que por sua vez alimentam sua torneira em sua confortável casa urbana provida de máquina de lavar roupas, lavar louças e descargas que dispensam 30 litros de água para descartar suas fezes !!! 

Imaginem o efeito causado pela extinção de 41% da biodiversidade no Cerrado, e tantas outras abelhas nativas extintas!
Quantos ciclos foram quebrados?

Se não conseguem imaginar é bem fácil fazer uma imagem da situação .... a caixa d'água secou !!!


Lógico que a causa não é tão simplista como coloquei aqui, mas decerto que em diversas situações podemos afirmar: Sem abelha nativa => Sem água 
Agora é fácil entender o termo ABELHA D'ÁGUA ?
Muitas espécies das nossas abelhas Sul Americanas, nativas, sem ferrão ou conforme queiram chamá-las, estão em um patamar além da polinização, elas prestam um serviço imprescindível de manutenção do nosso ciclo de águas!
Então vamos olhar para elas com mais carinho e respeito, pois enquanto as abelhas Apis estão sendo espremidas pelo aquecimento global na Europa, conforme sugestão de recente teoria (matéria: http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,aquecimento-global-explica-extincao-de-abelhas-do-hemisferio-norte,1722181), as nossas abelhas Meliponinae estão sendo espremidas com certeza pela nossa desenfreada expansão agrícola, pecuarista e extrativista de madeiras!!   


By Medina

PS.: Posto abaixo um vídeo sobre o cerrado, que serviu de base e exemplo para esta prosa.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

CIPÓS TREPADEIRAS E LIANAS

Darwin (1867) e outros biólogos do século XIX, já faziam distinção para este grupo de plantas, porém recentemente os ecologistas voltaram a atenção para este importante grupo de plantas que estão evoluindo aparentemente.


São encontradas nas florestas dos trópicos (onde estão a sua maioria) até as zonas boreais dos hemisférios norte e sul, bem como nos desertos e florestas tropicais úmidas. Entretanto, são mais diversas próximas ao equador (Gentry 1991), igual nas abelhas.
Há vários métodos que as lianas utilizam para escalar superfícies podendo ser volúveis apresentando gavinhas, possuírem raízes adventícias que emergem dos caules (cuja única função é prender o caule sobre uma superfície vertical), ou serem lianas facultativas (ou seja, arbustos com ramos longos e/ou com espinhos, ervas rasteiras, que, quando em contato com um aparato vertical, apóiam seus ramos e desenvolvem-se verticalmente).


 Existem trepadeiras entre diversas taxonomias como:
 samambaias (ex.: Lygodium), 
gimnospermas (ex.: Gnetum), 
várias linhagens de palmeiras (ex.: Calamus e Desmoncus
e outras monocotiledônias como as pandanáceas (ex.: Freycinetia),
mas as mais importantes são as florescentes e principalmente da nossa mata atlântica são: Asteraceae, Bigononiaceae, cactaceae, Curcubitaceae, Convolvulaceae, Dileniaceae, Fabaceae, Menimespermaceae, Passifloraceae, Sapindaceae, Smilacaceae, solanaceae, violaceae, Vitaceae, verbanaceae.
 



A abundância de trepadeiras geralmente aumenta com perturbações da floresta (ex. derrubada de árvores pelos seres humanos), mas também varia conforme outros fatores menos compreendidos, com caídas espontânea pela própria natureza.
(Laurance et al. 2001).




A proliferação das lianas próxima ou nos arredores das florestas também é uma das principais causas de deterioração estrutural em florestas fragmentadas.
Embora os brotos buscadores de algumas lianas possam se estender até dois metros para cima do último suporte, se não encontrarem apoio, elas cairão e serão substituídas por outro broto (Putz 1984), Conhecer as capacidades das diferentes espécies para percorrer uma distância entre suportes é importante para prever quais trepadeiras provavelmente irão parar a caminho do dossel.
Por exibirem suas folhas acima das folhas das árvores que lhes oferece suporte mecânico, as trepadeiras competem por luz de maneira eficaz.
As lianas proporcionam importantes caminhos entre as copas para muitos animais que vivem nos dosséis.
Sem essas conexões de trepadeiras, movimentar-se de um árvore para outra exigiria que os animais descessem até o chão, onde estariam muito suscetíveis à predação.
As abundantes folhas, flores e frutos das lianas também representam importantes recursos alimentares para animais, contribuindo substancialmente para os ciclos biogeoquímicos.
Embora muitas lianas tenham sementes pequenas dispersas pelo vento, algumas produzem deliciosos frutos, os quais são importantes para vários animais da floresta.
 

MENISPERMACEAE =  Frutos maduros de Odontocarya tripetala ou caapeba
Com a retirada desordenada das trepadeiras/cipós/lianas, estamos perdendo:
Artesanato, Medicamento fitoterápico e água.



Algumas representantes por família:

Asteraceae = Mikania hirsuta ou guaco cabeludo
Floração: março a maio 3 espécies


Araceae
Philodendron corcovadensis ou cipó preto
Mais de 50 especies


                      BIGNONIACEAE
Pyrostegia venusta ou cipó de S.João = maio até setembro
Mansoa difficilis ou cipó de sino = novembro a março com 2 espécies
Dolichandra unguis-cati ou Unha-de-gato = varias vezes sem data específica
Tynanthus elegans ou Cipó cravo = Setembro a novembro com 3 espécies
Cuspidaria convoluta  ou cipó rosa = Outubro a novembro com 3 espécies
Amphilophium crucigerum  ou Pente-de-macaco = novembro a dezembro com 3 espécies

Convolvulaceae (+ de 50 espécies) e para representá-la :
Cuspidata racemosa - Cipó-chumbo = Julho   com   3 espécies   
Ipomoea cairica = fevereiro a março
Ipomoea grandifolia = Fevereiro a março
Turbina corymbosa Ou Manto branco = maio a julho
Ipomoea indivisa = Ano todo 
Ipomoea purpurea = Ano todo
Ipomoea batatas = Fevereiro a março
Jacquemontia heterantha = Fevereiro a março
Ipomaea carnea (alcalóides indozilidínicos) = Algodão bravo (daqui que as abelhas pegam esses alcalóides para ajudar no feromônio

Outras famílias:
Curcubitaceae = Cayaponia tayuya Ano todo  (4 espécies)
 Dileniaceae Davilla rugosa ou cipó caboclo = Outubro a dezembro (3 espécies)
Cactaceae = Pereskia aculeata = Setembro a novembro
Fabaceae = Viicia sativa Ou ervilhaca=Abril a junho
Fabaceae = Mucuna urens ou olho de boi  =Maio a julho com 3 espécies
Fabaceae = Senegalia  ou Paricá= dezembro a março com 3 espécies
Passifloraceae = Passiflora edulis ou Maracujá roxinho – Setembro a Novembro
Passifloraceae = Passiflora haematostigma - Maracujá-de-capoeira – Setembro a Novembro
Passifloraceae = Passiflora porophylla - Maracujazinho-da-serra  Setembro a Novembro

Já nas  SAPINDACEAES  tem mais de 400 espécies :

Serjania laruotteana  ou Cipó timbó Açu Dezembro a maio
PAULLINIA RUBIGINOSA ou guaranaí (mais de 140 espécies) Agosto e setembro   
Serjania (mais de 80 espécies) Cipó  uva = fev. março
Cardiospermum halicacabum ou balãozinho = novembro a dezembro = Mais de 10 espécies
 
 Nas SOLANACEAE (Mais de 50 espécies) :

Solanum inodorum ou cipó branco = Setembro     
Joá cipó ou Solanum laxum =Ano todo  

Quanto as SMILACACEAE (Mais 100, sendo 32 brasileiras):

Smilax fluminensis ou salsaparrilha

As abelhas Halictus hesperus e Tetragona clavipes (as nossas borás), visitam flores de ambos os sexos e foram consideradas polinizadoras pela sua freqüência e comportamento .

VIOLACEAE (3 espécies) = Anchietea pyrifolia ou cipó suma = Julho a fevereiro   
VITACEAE (mais de 10 espécies ) = Cissus verticillata ou insulina ano todo
Verbanaceae (3 espécies) = Petrea subserrata  ou Flor de S.Miguel = Setembro a novembro

By Júlia M. Villela Galheigo